Home Extracampo Jogadores de clube paulista são expulsos de alojamento por homens armados

Jogadores de clube paulista são expulsos de alojamento por homens armados

Seguranças arrombaram as portas e colocaram jogadores de clube paulista para fora

Rubens Melo
Jornalista Esportivo colaborador do Torcedores.com. Paraibano, 26 anos. Apreciador de futebol - seja ele bem ou mal jogado, jogos eletrônicos e vários outros esportes.

Um fato lamentável aconteceu na última madrugada envolvendo atletas e comissão técnica do Mogi Mirim. Os profissionais foram surpreendidos enquanto dormiam por seguranças, que arrobaram as portas e exigiram que todos deixassem o alojamento naquele momento, sem sequer dar explicações. No momento da invasão, havia 15 jogadores do sub-23 dormindo no alojamento, além de quatro atletas norte-americanos e também membros da comissão técnica e funcionários do clube.

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Os atletas relataram que alguns deles estavam armados, e tiveram que passar o resto da madrugada do lado de fora, sem poder retornar para dentro dos alojamentos e sem sequer entender o que estava acontecendo. Pela manhã, os envolvidos foram até a delegacia para prestar depoimento sobre o ocorrido.

“Eles começaram a bater em todos os quartos e falar: desce, desce, desce. Tinha dois que estavam, armados, com spray de pimenta no quadril. Tem gente aqui da Bahia, do Rio de Janeiro. Todo mundo tendo que ir para a rua” – disse o goleiro Victor Alemão.

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Apesar do susto, há um motivo pelo ocorrido, de acordo com o ‘ge.globo’: Uma divergência entre a atual diretoria do Mogi Mirim e a empresa WKM Solutions contratada no fim de 2021 para fazer a gestão do departamento de futebol do clube paulista.

Inclusive, na última segunda-feira (11), o presidente do clube paulista, Luiz Henrique de Oliveira, emitiu uma nota nas redes sociais do clube falando “perda de prazo para inscrição de jogadores, ocupação indevida das dependências do estádio, venda de bebidas alcoólicas e manutenção de atletas profissionais sem registro”, além de anunciar a rescisão com a empresa que, ainda segundo o presidente do Mogi Mirim, reagiu com retaliação e usando a violência com os profissionais que dormiam no alojamento.

Já a WKM Solutions, disse que o contrato com o clube paulista ainda está em vigência, pois não pode ser rompido de maneira unilateral:

“Vale ressaltar que todos os atletas possuem contrato de trabalho e são funcionários ativos do clube. O Mogi Mirim Esporte Clube informa que segue trabalhando em prol do renascimento do clube e não irá medir esforços para buscar solução para este caso em todas as esferas possíveis”, – diz a nota emitida por parte da empresa.

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Mogi Mirim parado no futebol

O Mogi Mirim disputou o Brasileirão Série B em 2015, mas passou a sofrer com graves problemas financeiros, que resultaram em consecutivas quedas, deixando a equipe sem calendário nacional e chegando ao Campeonato Paulista Segunda Divisão, disputado pela equipe Alvirrubra pela última vez no ano passado, pois o clube paulista sequer teve condições de disputar a competição nesta temporada.