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Museu em homenagem a Jackie Robinson é inaugurado em Nova York

Museu homenageia primeiro jogador negro da MLB

Thais May Carvalho
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e mestranda de Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo, sou colaboradora do Torcedores.com desde 2020. Escrevo sobre diversas modalidades, com foco mais voltado para futebol americano, beisebol, surfe, tênis, futebol, hóquei no gelo e basquete.

Na última segunda-feira (25), foi inaugurado em Nova York o Jackie Robinson Museum, um espaço que visa homenagear o primeiro jogador negro da Major League Baseball e promover discussões sobre importantes temas raciais.

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Jackie Robinson teve uma carreira de muito sucesso na MLB com o Brooklyn Dodgers. Ele foi Novato do Ano da Liga Nacional, MVP em 1949, sete vezes All-Star e campeão da World Series em 1955. Com uma média de rebatidas de .313, 141 home runs e 200 bases roubadas em 11 temporadas, ele foi eleito para o Hall da Fama em 1962. Mas sua contribuição fora de campo foi ainda maior. Jack Robinson ajudou a propagar diversos debates sobre questões raciais e dos movimentos de direito civil.

Durante a cerimônia de abertura do museu, o filho do jogador, que estava acompanhado da irmã e da mãe, Rachel Robinson, que recentemente completou 100 anos de idade, falou sobre a importância de se ter um espaço como este: “As questões no beisebol, as questões que Jackie Robinson desafiou em 1947, elas ainda estão conosco. Os sinais de ‘apenas brancos’ foram retirados, mas a complexidade da igualdade de oportunidades ainda existe”, disse David Robinson.

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Ele também falou o que seu pai acharia do museu: “Ele era um homem que usava a palavra ‘nós’. Acho que hoje Jackie Robinson diria que aceito esta honra, mas aceito em nome de algo muito além do meu eu individual, muito além da minha família, muito além da minha raça. Jackie Robinson diria: não pense em você sobre os seus ombros. Penso em mim mesmo nos ombros de minha mãe, que era meeira na Geórgia, e minha avó, que nasceu escrava”.

A cerimônia recebeu cerca de 200 convidados. Entre as presenças ilustres estavam a tenista Billie Jean King, o ex-arremessador dos Yankees CC Sabathia, o prefeito de Nova York Eric Adams, o ex-presidente da Liga Nacional Len Coleman, o ex-dono do New York Mets Fred Wilpon, o diretor Spike Lee, o presidente do Hall da Fama do beisebol Josh Rawitch, o chefe da Associação de Jogadores da MLB Tony Clark e o general manager dos Yankees Brian Cashman.

No evento, Sabathia falou como sua carreira só foi possível por conta de Robinson: “Sem ele, eu não existiria. Eu não seria capaz de viver meu sonho de jogar na Major League Baseball”. Já Billie Jean King ressaltou a importância do jogador até os dias de hoje: “Parece que estamos mais divididos do que nunca. Pessoas como Jackie Robinson eram um grande lembrete todas as manhãs, todas as noites, de que temos que fazer a coisa certa todos os dias”.

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O museu foi idealizado por Rachel Robinson em 2008 e deveria ter sido aberto em 2010, mas a crise econômica atrasou os planos. Com isso, a construção só começou em 2017, e o plano era que ficasse pronta em 2019, mas a pandemia também prejudicou o andamento da obra. Com o museu agora finalizado, a abertura para o público será no dia 5 de setembro.

Lá dentro as pessoas poderão ver uma coleção com mais de 350 itens, que incluem equipamentos de jogo e os contratos históricos assinados por Robinson. Além disso, há uma coleção com mais de 40 mil imagens e 450 horas de filme. No segundo andar do prédio em Lower Manhattan também existe um centro de educação.

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