Rayssa Leal, mais uma vez, escreve seu nome na história do skate feminino. Após uma ótima semifinal, a maranhense de 14 anos confirmou o favoritismo e venceu, na tarde deste domingo (17), a etapa de Jacksonville, na Flórida, nos Estados Unidos, da Street League Skateboarding (SLS), o Mundial da modalidade.
Mas diferente da seminal, a “fadinha” não garantiu a vitória cedo, pelo contrário, ela teve que virar o placar na última tentativa contra a japonesa Yumeka Oda, com direito a duas manobras inéditas para vencer uma etapa histórica para a modalidade. Pâmela Rosa, a atual campeã mundial, ficou em terceiro lugar.
Rivalidade Brasil Vs Japão se repete
Rayssa mostrou um skate consistente na pista e apesar de errar uma das manobras apresentadas logo na primeira volta da final, conseguiu a segunda melhor nota, ficando atrás apenas da compatriota Pâmela Rosa. Elas fizeram 7.1 e 8 pontos, respectivamente. A outra brasileira da competição, Gabriela Mazzeto fez 2.7 na fase das voltas de 45 segundos.
Na sequência de quatro tentativas de melhor manobra começou com a revelação de uma polêmica nova regra na competição. Rosa acertou um frontside boardslide, mas a nota não foi contabilizada. Isso porque, a mesma manobra já havia sido feita pela brasileira em sua volta. Ela só poderia repetir o frontside boardslide em outro obstáculo da pista.
Com isso, a então líder ficou para trás das japonesas Oda e Momiji Nishiya e de Rayssa, que depois de muitas tentativas, acertou um backside flipsmith, sendo a mulher a acertar essa manobra em competição, garantindo a liderança da competição com seus 8.5 pontos.
No fim das quatro manobras livres, as duas brasileiras e as duas japonesas ficaram na Super Final, última etapa da competição, em que as atletas têm a possibilidade de fazer mais duas manobras e aumentar a nota final.
Rayssa e Oda fazem história
Quem aproveitou a oportunidade foi Oda, que saiu da segunda posição para a liderança ao aplicar um impressionante flip front feeble, que fez 9.4 pontos, a maior nota da história da categoria. Que colocou pressão em Rayssa, que tinha que fazer pelo menos 7.5 para superar a japonesa em sua última tentativa.
Mesmo depois do inédito backside flipsmith, a maranhense tinha outra carta, também inédita na manga: um heelfliprockslide, que fez 7.6 pontos e garantiu o título para a Fadinha. A 4ª vitória na SLS também marcou a atleta de 14 anos como a maior vencedora da competição.
A próxima etapa da SLS acontece em um mês, dias 13 e 14 de agosto em Seattle, também nos Estados Unidos. O Super Crown, a decisão da temporada, acontece no Rio de Janeiro, no começo, dias 5 e 6, de novembro.

