Extremamente irritado com a arbitragem após a derrota de 3×0 na Bombonera no jogo de ida da final da Libertadores de 2007, o então diretor-executivo do Grêmio na época, Paulo Pelaipe, disparou também contra o Boca Juniors. Mesmo tendo nomes como Riquelme e Palermo, o time argentino foi chamado de “Caxias com grife” pelo dirigente gremista pós-jogo.
Em entrevista dada nesta semana ao jornalista Duda Garbi, Pelaipe relembrou com detalhes o contexto da declaração e admitiu que a frase topou uma proporção maior do que pensava:
“Terminou o primeiro jogo em 3×0. Lá eu estava p… pelo gol no fim em falta que o juiz não deu. Eu estava no banco e depois vou caminhando em direção aos repórteres todos das rádios do Sul. Aí veio junto comigo o assessor do Paulo Odone, presidente da época, me lembrando que 15 dias antes o Grêmio tinha feito 4×0 no Caxias depois de ter levado 3×0 na semi do Gauchão. Eu disse: ‘É um Caxias com grife, que tu acha?’. E ele: ‘Toca ficha’. Vamos incendiar a torcida”, disse, antes de acrescentar:
“Eu não podia jogar o segundo jogo com o Olímpico vazio. Vieram os repórteres pra cima de mim e eu disse: ‘O torcedor pode saber que vamos reverter, porque o Boca é o Caxias com grife’. E o troço pegou. O presidente do Caxias até me ligou na época, dizendo que o presidente do Boca ligou querendo saber como o Caxias era (risos)”.
Entrevista não adiantou e Boca bateu o Grêmio de Pelaipe
Com Riquelme em fase muito inspirada, o Boca voltou a vencer o Grêmio dentro do Estádio Olímpico no jogo de volta em Porto Alegre por 2×0 e faturou a taça. Aquela equipe gremista havia passado por adversários duros na caminhada como São Paulo e Santos, por exemplo. Mano Menezes, hoje no rival Internacional, era o treinador.
