Home Esportes Olímpicos Isaquias Queiroz revela confiança para fazer história nas Olimpíadas de Paris-2024

Isaquias Queiroz revela confiança para fazer história nas Olimpíadas de Paris-2024

Campeão olímpico do C1-1000 m levou prata na prova no Mundial e pretende continuar acumulando vitórias

Fernando Cesarotti
Jornalista.

O campeão olímpico Isaquias Queiroz somou mais dois feitos para sua coleção no último fim de semana, no Campeonatos Mundial disputado em Dartmouth, no Canadá: foi ouro no C1 500 m e prata no C1 1000 m, a prova na qual levou o ouro das Olimpíadas de Tóquio-2020, no ano passado.

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E promete não parar por aí. Até Paris-2024, no mínimo, ele garante que vai continuar com foco total para continuar fazendo história. “Eu sou um cara que viu as oportunidades e não deixou passar. Eu sou muito grato ao esporte, à canoagem. E agora eu estou vendo a oportunidade de me tornar o maior atleta olímpico do Brasil. Paris é uma janela para colocar meu nome na galeria dos maiores atletas olímpicos do Brasil e da canoagem mundial”, avisou.

Isaquias já é dono de quatro medalhas olímpicas – além do ouro no C1 1000 m em Tóquio, foram mais duas pratas e um bronze no Rio-2016. À frente dele, só dois velejadores já aposentados: Torben Grael e Robert Scheidt, ambos com cinco medalhas. Ao lado dele estão Serginho, do vôlei, e o nadador Gustavo Borges, os dois também já aposentados.

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O canoísta baiano, de 28 anos, diz que já foi questionado pelo nadador Bruno Fratus sobre sua condição. “O Bruno Fratus outro dia me perguntou: ‘Isaquias, mas você já não é o maior atleta olímpico do Brasil?’. Eu falei que não, ainda não, ainda falta escrever um pouquinho esse roteiro aí. Mas eu já estou feliz’, prosseguiu.

Isaquias Queiroz não lamentou o fato de ter perdido o título mundial na prova em que é campeão olímpico. Ao contrário, celebrou a recuperação nos 250 metros finais. “Passou na minha mente que estava todo mundo no Brasil assistindo, tem uma torcida enorme aqui, eu lembrei do meu filho, da minha esposa, da minha mãe, pensei que tinha que ganhar a prova, subir no pódio pelo menos”, explicou.

Após a prova, não fez cerimônia e abraçou o vencedor, o romeno Catalin Chirila, erguendo sua mão e saudando-o na frente de todos. “O cara que ganha o C1 1000m é um super humano, né? E ele tem que ter esse reconhecimento. Lógico que eu queria ter ganhado, mas ele merece todo o reconhecimento, ele fez um bom trabalho para ganhar o Mundial”, concluiu.

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E Isaquias vai continuar treinado muito, até porque já tem outro Mundial marcado para antes de Paris: em 2023, a disputa será em Duisburg, na Alemanha. É no mesmo lugar em que ele venceu seu primeiro título mundial, em 2013, no C1 500 m. Com os dois pódios conquistados no Canadá, ele foi a 14 medalhas em Campeonatos Mundiais: sete de ouro, uma de prata e seis de bronze.