O técnico Tite, da seleção brasileira, em entrevista ao O Tempo Sports, abriu o jogo sobre sua relação com o Atlético-MG e admitiu receio em uma possível volta ao clube. Ele chegou a ser sondado para assumir a equipe em 2023, logo após a Copa do Mundo de 2022.
Segundo ele, o rebaixamento com a equipe em 2005, quando ele era o técnico do Galo, deixou uma mancha. Ele disse que até hoje há uma cobrança da torcida.
“Há uma pressão muito grande, fica um senso do tipo: poxa, eu cai com ele, ele era o técnico. Então, há essa cobrança natural, essa pressão maior do que qualquer um outro profissional possa ter”, admitiu Tite sobre o Atlético-MG.
“Eu também tenho essa consciência. Se eu fosse torcedor, eu também ficaria chateado no meu coração. Eu entendo esse grau de dificuldade em relação à isso.”
Após o Atlético-MG, Tite rodou pelo futebol brasileiro, fez sucesso no Internacional, mas foi no Corinthians que se transformou no principal técnico do país, chegando à seleção em 2016.
Tite foi vaiado no Mineirão com a seleção brasileira
Foi com a seleção brasileira, em jogo no Mineirão, que Tite percebeu que a mágoa da torcida permaneceu ao longo do tempo. Ele disse, ainda ao O Tempo, que foi vaiado por parte dos torcedores.
“A única coisa que peço é para checar a qualidade do gramado antes do jogo, e choveu pra caramba naquele dia. Foram anunciando os jogadores no telão: Casemiro, Neymar, Vinícius Júnior, todos com aplausos. Aí chegou meu nome e eu entrei no campo, e veio (a vaia) da arquibancada, exatamente nesta hora”, lembrou Tite sobre o caso.
“Daí, o doutor Felipe Kalil começou a rir também, me deu um abraço e disse: isso é do jogo, de outro momento, de outra história.”

