Afastada dos famosos estádios La Bombonera e Monumental de Núñez, casas de Boca Juniors e River Plate, respectivamente, encontra-se a Villa Soldati. Na periferia da capital argentina, Buenos Aires, um garoto de apenas 10 anos tem um objetivo em mente: ser igual ao Maradona.
O bairro é considerado um dos mais perigosos da cidade, e boa parte dele não possui condições básicas de saneamento, como água encanada. “Passa rato, há delinquência e muitos vendedores. Às vezes também não tenho ânimo porque faz muito frio”, detalha o jovem Lautaro Ruiz, em entrevista ao portal ge. O sonho do pequeno é o mesmo que o de tantos milhões no continente sul-americano: se tornar jogador de futebol para tirar sua família da pobreza.
A crise econômica que a Argentina vive afeta Lautaro diretamente. Com poucos recursos financeiros em casa, o menino perde quase todos os jogos de fim de semana por conta do valor cobrado na inscrição. R$ 30 pode não ser uma quantia tão alta para muitos brasileiros, mas significam quase 792 pesos argentinos.
Enquanto o pai, José Ruiz, trabalha como pintor, a mãe, Fátima Ruiz, cuida da casa e dos outros filhos, um de 13 anos e o caçula de menos de 3 anos.
Onde o Sport entra nessa história?
A camisa da equipe da Ilha do Retiro chegou há pouco tempo na casa de Lautaro. Uma vez em que o garoto e sua avó estavam passeando na feira, ele avistou o uniforme rubro-negro e o reconheceu. “Eu tinha visto jogos daqui e quando vi a camisa, gostei e comprei. Pedi a minha avó para ela comprar, e ela comprou”, detalhou.
A história do jovem chegou ao conhecimento do Sport nas redes sociais. O clube prometeu ajudar a família de Lautaro.
Os pais do garoto deixam claro que não pedem por dinheiro, mas sim para ajudar com o futebol. José ressalta, inclusive, que não quer que iludam seu filho no esporte.

