A mídia europeia ainda repercute a demissão do técnico Thomas Tuchel do Chelsea. O treinador foi desligado do cargo nesta quarta-feira (07), um dia após a derrota por 1×0 para o Dínamo Zagreb, na estreia da Champions League. O placar foi considerado um vexame pela imprensa do velho continente. Muito se especulava que, mesmo com uma vitória, ele ainda perderia o emprego. Graham Potter, até então no Brighton, assumiu o comando dos Blues.
A temporada passada não teve maus resultados. Em terceiro colocado na Premier League, ainda chegou nas quartas de final da Champions, parando no posterior campeão, Real Madrid. Entretanto, o desempenho em campo foi cheio de altos e baixos. O jornal inglês Daily Mail listou alguns erros cometidos por Tuchel que culminaram em sua demissão nesta semana.
Atrito com Lukaku
O mais gritante deles foi com o artilheiro Romelu Lukaku. Contratação mais cara da história do Chelsea, chegou em agosto do ano passado pelo valor de 115 milhões de euros (aproximadamente R$ 704 milhões na época). O começo foi de gols e gerou empolgação, que logo se tornou desespero para o clube. Visivelmente incomodado, o belga teve diversos atritos com o técnico e foi para o banco. Em uma nova oportunidade concedida, pouco produziu e ficou sem qualquer clima para seguir em Londres. Tanto que foi emprestado para a Inter de Milão nesta janela.
Com o buraco no ataque, o treinador não soube como resolver a falta de um centroavante. Havertz foi a opção encontrada, mas não se saiu bem atuando como “falso nove”. Timo Werner, Hakim Ziyech, Callum Hudson-Odoi e Christian Pulisic também não contribuíram para ajudar no sistema ofensivo.
Lesões
O problema passou pelo meio, com a lesão do volante N’Golo Kante, e se estendeu até a defesa. Especialmente nas laterais. Ben Chilwell, pela esquerda, e Reece James, pela direita, ficaram longos períodos no departamento médico. Tuchel teve dificuldades em encontrar peças que dessem o apoio defensivo e ofensivo oferecido por ambos. Marcos Alonso e Cesar Azpilicueta, mais velhos, não deram conta do recado. Até mesmo Saul Niguez e Ruben Loftus-Cheek foram utilizados, mas não conseguiram preencher a lacuna deixada.
Com novo dono, o Chelsea abriu os cofres e gastou quase 282 milhões de euros (aproximadamente R$ 1.4 bi) nesta janela de transferências, recorde do clube. Os reforços mais caros foram voltados ao sistema defensivo. Uma quantia tão alta não parece ter tido o planejamento adequado, visto que já houve troca de técnico com apenas seis partidas na Premier League e um duelo fora de casa na Champions League.
Próximo compromisso do Chelsea
Com a morte da Rainha Elizabeth II, a rodada do Campeonato Inglês desse fim de semana foi adiada. Assim, os Blues voltam a campo na quarta-feira (14), às 16h, quando recebem o Red Bull Salzburg pela Champions.
