Demitido ao lado do vice de futebol Denis Abrahão e do técnico Roger Machado, além de toda a comissão técnica, o agora ex-diretor de futebol Sergio Vazques admitiu uma certa frustração nesta sexta-feira (02), em entrevista dada à Rádio Gre-Nal. Ele ainda alegou, até aquele momento, não ter sido procurado pelo presidente Romildo Bolzan para conversar.
A reclamação de Vazques é que, na eventualidade de o Grêmio não conseguir subir para a primeira divisão, os culpados serão ele, Denis e Roger.
“Eu e o Denis estamos em uma sinuca de bico. Vou bater na madeira, mas se por acaso o Grêmio não subir, a culpa vai ser minha, do Denis e do Roger, mas, se subir, vai ser do Renato”, disse, antes de admitir ter ficado surpreso com as mudanças:
“Eu sou um torcedor, sou um sócio do Grêmio desde que me conheço por gente. Hoje eu estou pronto para ir pro jogo, vou estar lá na minha cadeira. Mas eu fiquei surpreso. As pessoas passam, o Grêmio continua”.
Para Vazques, também houve um componente político na decisão das demissões. “Eu acho que também tem um pouco de política. Acho que o futebol e política dentro de um clube são coisas muito fortes. Pessoas querem ser conselheiros por vaidade, diretores por vaidade, isso de um modo geral”.
Bolzan explica saídas e retorno de Renato ao Grêmio
Em coletiva dada também nesta sexta-feira pela manhã, Bolzan dedicou palavras de agradecimento a Sergio e Denis, e também explicou a volta de Renato, que reinicia o trabalho na próxima segunda:
“Eu tô pra ver um gremismo mais manifestado, alucinado, de raiz, aquele que tem o clube como a primeira coisa da sua vida, como nas figuras do Denis e do Sergio. (…) Pra mim, me deixa muito contemplado ter podido trabalhar mais de perto com eles”, disse, para depois falar de Renato:
“Não tem perfil, modelo, atitude e liderança mais importante para agregar agora do que o Renato. Ainda bem que ele é gremista e tem esse sentimento de fazer um contrato de dois meses, mesmo com esse status profissional que ele adquiriu. O Renato mobiliza, agrega, dá a estabilidade emocional e assume a bronca. O contrato dele é de dois meses. O Renato contribui muito para atingirmos os objetivos nestes onze jogos”.

