Desde março do ano passado que se tornou público o processo que Ivan Moré move contra a Globo, sua ex-empregadora por direitos trabalhistas. Mas agora os valores pedidos pelo jornalista também são conhecidos.
De acordo com o colunista Flavio Ricco, o R7, o apresentador pede R$ 15 milhões como indenização da emissora carioca – Moré trabalhou no canal entre 2004 e 2019
“A informação é que o jornalista Ivan Moré, no processo que move contra a TV Globo, está pedindo R$ 15 milhões. Valor coincidentemente igual ao tempo em que trabalhou na casa: 15 anos?“, escreveu Ricco em sua coluna nesta terça-feira (20).
Ivan Moré deixou a Globo em maio de 2019 após o fim de seu contrato com a emissora, mas tempos depois resolveu acionar a ex-empregadora na Justiça alegando que tinha vínculo empregatício com o canal, mesmo sendo PJ (Pessoa Jurídica).
Como PJ, Moré não tinha muitos direitos trabalhistas. Ele não recebia 13º salário ou exigências de CLT, por exemplo. O jornalista, no entanto, tenta provar o vínculo de trabalho com a Globo, pois era obrigado a cumprir uma escala de horário e tinha subordinação a seus chefes, algo que não deve acontecer com quem apenas presta serviço.
Atualmente, Moré é sócio-fundador do Resenha Digital Clube, um hub de conteúdo e marketing digital, e tem um “portfólio” de perfis parceiros que conta com mais de 25 páginas no Instagram e no TikTok, como “Esse Dia Foi Louco”, “Trairagem FC”, “Bola Fora Oficial”, “FuteOusadia”, “Curiosidade da Bola”, “Viciados em Futebol” e “Dona Lucia Hexa”.
Ivan Moré critica mentalidade ultrapassada de gestores da Globo
Em entrevista recente ao podcast “Inteligência Limitada”, de Rogério Vilela, o jornalista lembrou dos tempos na Globo e criticou a falta de liberdade para novas possibilidades, algo que, segundo ele, vem desmotivando alguns profissionais.
“Os caras [gestores] ali dentro, ainda hoje, têm uma iniciativa desse tamanho [mínima]. Estão ali para conseguir bônus e garantir uma vidinha boa até serem demitidos, porque o tempo vai vir. Meus amigos que ainda estão lá dentro ganham uma puta grana – porque um ou outro tem relevância -, mas estão extremamente desmotivados, insatisfeitos. Porque não existe espaço para você pensar, só [seguir a] cartilha”, criticou Moré.

