Com disputas de Paulistão no currículo por Ponte Preta e São Bento, o atacante senegalês Papa Faye, que trocou o futebol do Marrocos pelo Brasil em 2020, mas não conseguiu sucesso. Na época, ele chegou à Ponte Preta para buscar espaço e retornar à seleção de Senegal, onde era constamente convocado para as seleções sub-17 e sub-20, mas perdeu espaço no futebol profissional.
Faye foi convencido por seu empresário, Lucas Pereira, a jogar no Brasil, mas não conseguiu sequência nem no empréstimo São Bento e agora deixou o futebol momentaneamente para se sustentar como motorista de aplicativo.
“O Lucas me falou que no Brasil eu teria mais visibilidade do que no Marrocos”, disse Papa Faye ao jornal O Globo. “Então fiquei motivado para jogar aqui e ter essa vitrine para ter chance de voltar à seleção.”
Jogador mora em Campinas e atua em torneio amador
Ainda ao O Globo, Faye revelou que seu antigo empresário morreu de Covid-19, o que fez sua carreira no Brasil perder força, além de perder também um de seus apoiadores. Lucas lhe hospedou no país em seus primeiros meses. Atualmente, o jogador, que deixou a Ponte Preta oficiamente em maio deste ano, segue morando em Campinas e atua em um torneio amador da cidade.
Ele disse ainda que não vai deixar o Brasil sem pagar suas dívidas, já que carrega a bandeira de seu país. O jogador ainda revelou ao O Globo que a Ponte Preta o deve cerca de R$ 67 mil.
“Pensei que as coisas seriam diferentes. Não é talento ou trabalho que faltam. Quem me conhece e já me viu treinar e jogar sabe que não sou de brincadeira. Já poderia ter deixado o Brasil. Mas tenho dívidas aqui. Se não pagar, vão falar que os senegaleses são ladrões? Carrego a imagem e a honra do meu país.”

