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BGS 2022: Entrevista com a Streamer Nanda Kruschewsky

Nanda conta que teve de vender seu carro para começar a fazer lives e é exemplo para quem está começando no cenário; confira

Mateus Pereira
Colaborador do Torcedores.com desde 2022, nasci no estado do Rio de Janeiro e alinho minha maior paixão à minha vocação através da produção de conteúdo sobre esportes. Entre as minhas áreas de maior domínio e experiência profissional estão o futebol, o automobilismo e o universo geek. Certificado como Jornalista Digital e Social Media pela Academia do Jornalista, contribui no passado como Colunista, Editor-chefe e Líder da editoria de Esportes nos portais R7 Lorena e iG In Magazine.

Nanda é streamer, possui mais de 73 mil seguidores na Twitch e mais de 11 mil no Instagram atualmente, e conversou com a equipe do Torcedores.com e Op.Ninja no stand da WD Black, nesta segunda-feira (10).

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Nanda contou como dedicou muito esforço e teve de vender seu carro para comprar um PC e fazer lives, além de dar dicas para quem está começado na área e relatar sua relação “conturbada” com os consoles de mesa.

Então, confira a entrevista abaixo:

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Leonardo Bonetto (Op.Ninja): Me conta aí: qual é a sua história até chegar aqui no stand da WD Black, falando pra tanta gente?

Nanda: É engraçado, porque eu comecei de uma forma muito despretensiosa. Eu me formei em advocacia e na época eu estava estudando para prestar concurso.
Com isso, fiquei muito tempo dentro de casa e já era viciada em jogo, né? Gostava muito de jogar e sempre quis estreamar, eu via algumas pessoas fazendo live há muito tempo, lá em 2015 sabe? E eu queria fazer também, só que não tinha um computador que prestasse. Meu PC era muito ruim, eu não tinha nem placa de vídeo.
Eu tinha um “carrinho”, um Ford Ka 2004. Vendi esse carro, peguei o dinheiro e comprei um PC para streamar. Eu também não estava trabalhando na época, então o carro era uma despesa.
Comecei a fazer lives apenas de World of Warcraft, o que eu acho que me ajudou por ser um jogo menor, para um nicho específico, então me deu mais visibilidade na época.
Eu consegui parceria com a Twitch rapidinho, e eu pegava lá umas 100 vizualizações. Então assim, eu acho que ter começado em um nicho bem específico me ajudou bastante.
Comecei fazer live de WoW e de repente eu estava narrando, em São Paulo, o Campeonato de World of Warcraft.
Aí me apaixonei pelo jogo, fiz um um amigo que me chamou pra fazer um podcast com ele, o “Viajantes de Azeroth”.
Foi então que eu comecei a trabalhar com isso, mas fiquei muito tempo sem receber dinheiro com stream e depois de um ano eu comecei a receber dinheiro.
Aí fui me animando, melhorando meu setup. No início eu eu usava uns periféricos bem ruinzinhos, de qualidade bem baixa.
Você acredita que eu tinha uma luminária feita com caixa de sapato para iluminar minha webcam? Eu morava em Salvador, era um calor e aquelas luzes em cima de mim. Depois eu fui melhorando, com muito esforço mesmo, já são seis anos fazendo lives.
Eu fazia live todo dia, fui ganhando meu “dinheirinho” e melhorando o meu setup, foi vindo cada vez mais retorno e hoje eu estou aqui no palco.

Leonardo Bonetto (Op.Ninja): Que legal! Você acabou de dar muitas dicas para essa galera que tá começando agora. Você deu um jeito de começar, sem frescura…

Nanda: Antes feito do que perfeito, né?

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Leonardo Bonetto (Op.Ninja): Isso aí! Agora, para a galera que tá começando hoje, quais são os passos que você indica e as dicas que você pode passar para eles?

Nanda: Olha, a Twitch hoje está bem cheia mesmo. Não é impossível você começar e crescer na Twitch hoje, mas é difícil.
Uma dica que eu dou é: crie uma rede social. Tente atrair pessoas de forma externa para a Twitch, caso seja essa a plataforma escolhida por você.
Também acho que ajuda bastante tentar criar uma network com pessoas que tenham os mesmos interesses e tamanho, pois também é muito difícil crescer sozinho.
Agora já mudando um pouco de de assunto: se for pensar no que é importante para se investir, é bom começar pelo áudio. Também sei que muita gente não gosta de aparecer pela câmera, mas também é algo muito importante.

Leonardo Bonetto (Op.Ninja): É melhor um áudio bom do que uma câmera boa?

Nanda: Ah, com certeza! Eu acho que o áudio ruim espanta muita gente. A galera não fica. Pode usar até a câmera do
celular como webcam, mas se tiver com o áudio estourado ou uma música muito alta é realmente complicado.
Mas, diferente do que quando eu comecei, hoje se encontra tudo no YouTube, ensinando a configurar direitinho o OBS, como configurar áudio, vídeo… Tudo você encontra na internet.
Então, assim, o caminho tá aí, né? Tudo na sua mão, só basta começar.

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Leonardo Bonetto (Op.Ninja): Nanda, o que que a galera pode esperar de você daqui pra frente? O que você está planejando em médio e longo prazo?

Nanda: Olha, pretendo continuar com minhas lives, né? Só que eu comecei com a live e fui pra orquestra, então o nicho tinha narrando acabou dando uma morrida e eu desisti.
Então, vocês podem esperar que eu vá tentar ampliar meus horizontes e de repente apresentar outros jogos.
Pretendo também investir mais nos meus TikTok e YouTube. Acho que hoje em dia é bem importante a gente ter esse tipo de conteúdo na internet.

Leonardo Bonetto (Op.Ninja): Tá jogando alguma coisa atualmente?

Nandan: Ah, eu tô viciada em Overwatch 2, viu? Nossa, teve o lançamento recente do jogo e eu sou suspeita para falar, pois sou muito fã girl da Blizzard, mas eu adorei. Ultimamente é o que eu tenho jogado. Eu estava jogando muito Valorant e agora estou jogando muito Overwatch 2.

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Leonardo Bonetto (Op.Ninja): Consegue jogar no console de vez em quando também?

Nanda: Cara eu não. eu tenho uma uma relação muito engraçada com videogames, pois eu eu cresci no interior da Bahia, né? Então sempre foi uma dificuldade para mim ter um videogame, porque minha mãe achava que era coisa de menino.
Então eu ganhei um Nintendo 64 do meu padrinho e foi o videogame que eu tive durante a minha infância inteira.
Os PC’s que a minha mãe comprava era bem “ruinzinhos”, daqueles que vinham da loja com um lacre e não podia abrir.
Então eu nunca tive um videogame. Meu sonho era ter um SNES e eu nunca tive. Também nunca tive um PlayStation e quando consegui comprar já migrei para o PC.

Leonardo Bonetto (Op.Ninja): Então você não chegou a ter um afeto pelos consoles?

Nanda: A única coisa que sentia era inveja dos meus primos, que tinham todos os videogames e eu não. Então, quando eu conseguia, jogava com eles. Quando não, eu ficava lá jogando o meu Nintendo 64.
Então eu tive um contato bem limitado com os consoles. Sempre que me colocam pra fazer algo com um controle é terrível. É algo estranho, péssimo e horrível.

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Por fim, confira também nossa entrevista com Felipe Funari, fundador e diretor de operações da W7M Esports, uma das mais tradicionais equipes do esporte eletrônico brasileiro, clicando aqui.

Sobre a BGS

Nanda Kruschewsky é uma dos diversos streamers e influenciadores que estão presentes nesta 13ª edição da Brasil Game Show.

Assim, além deles, também estão presentes neste ano marcas como: WD Black, W7M Esports, Banco do Brasil, Sony, Intel, Twitch, Hoyoverse, Marvel, Youtube Gaming, TikTok, Monster, AOC, Intel, HyperX, Logitech G, Acer, Pichau Gaming, Evoverse, Lupo, Outback, Vivo, Flexform, Nissin, Rank1, Magalu, Piticas, Redragon, SBT, DXRacer, Warrior, Dell, Team Liquid, Lenovo, AMD, Moto Speed, Saga, OEX, Gamdias, C3Tech, Kingston, Furia, LOUD, Fluxo, Opera GX, Living Phoenix, Fast Shop, entre outros.

BGS 2022 teve início na última quinta-feira, 6 de outubro, e ocorre até a próxima quarta-feira, 12 de outubro.

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Este é considerado o maior evento de games do Brasil, chamando assim a atenção de toda a indústria do país.

Dessa forma, a feira de games ocorre no espaço da Expo Center Norte, em São Paulo.

Em suma, a Brasil Game Show é uma feira anual de videogames realizada em São Paulo e organizada pelo empresário Marcelo Tavares.

Além de ser referência em seu país, esta também é a maior conferência do gênero em toda a América Latina.

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Informações sobre ingressos

Vale lembrar que visitantes que já adquiriram seus ingressos para a 13ª edição da BGS nos lotes de 2020 e início de 2021 têm suas entradas garantidas para 2022 e contarão com benefícios do Superingresso.

Recebem direito a meia-entrada: pessoas que doarem 1 kg de alimento não perecível, idosos com mais de 60 anos, pessoa com deficiência.

Estudantes com carteirinha original e clientes OuroCard Banco do Brasil também possuem direito a meia-entrada.

Você pode conferir mais detalhes e checar a disponibilidade e preços dos diversos tipos de ingressos para os dias do evento no site oficial da feira.

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