Corinthians: Milly Lacombe diz que pergunta na coletiva de Vítor Pereira foi machista e infantil
Pergunta de repórter na coletiva de Vítor Pereira gerou polêmica na partida entre o Timão e o Tricolor Carioca
Reprodução/UOL
Na noite de ontem (26), o Corinthians foi derrotado em casa pelo Fluminense, por 2 a 0, com dois gols de Cano.
Porém, na entrevista coletiva do técnico do Corinthians, Vítor Pereira, o assunto principal foi a permanência do treinador para a próxima temporada.
E uma pergunta, em específico, gerou uma polêmica maior. O repórter Marco Bello, da rádio Transamérica, disse que tinha a informação de que a esposa do treinador quer que ele volte para Portugal, mas o treinador quer ficar no Brasil. Então, o repórter, em tom de brincadeira, perguntou: “quem manda na sua casa?”.
Repórter para Vítor Pereira: “A informação que temos é que você quer ficar mas sua esposa quer que você volte. A minha pergunta é: quem manda na sua casa? Você ou sua esposa?”
Vítor Pereira: “Não vou te responder. Você é um mal educado!”
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— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) October 27, 2022
De acordo com a jornalista Milly Lacombe, em sua coluna na “UOL Esporte”, o repórter errou ao fazer essa pergunta. Ela classificou como “machista” e “infantil”.
“A pergunta é, antes de mais nada, machista. Ela sugere que quem manda na casa deve ser o homem e que, por isso, seria “masculino” que VP batesse o pé e fizesse sua vontade valer.”
“A pergunta é infantil porque se a ideia era fazer uma graça e dar uma descontraída – como depois alegou o repórter aproveitando para se desculpar sem jamais fazer referencia ao machismo contido na pergunta – ele optou por um caminho que um garoto da quinta série talvez tivesse escolhido”, disse Milly, que completou:
“Essa tentativa de ser engraçadinho e fazer piada com misoginia é feita do mesmo tecido que no fim do dia nos mata, fere, abusa, estupra. Por achar que quem manda é o homem é que mulheres são assassinadas diariamente no Brasil. Por achar que somos objetos de menor importância, é que somos agredidas dentro de nossas casas. Todos os dias o futebol diz a nós mulheres como e quanto nos detesta.”, finalizou Milly Lacombe.

