Muito se fala sobre Endrick e o potencial que a joia palmeirense tem para se tornar um dos grandes do futebol no futuro. Assim, o atacante de 16 anos vem aos poucos recebendo suas primeiras oportunidades no time profissional do Palmeiras. No Choque-Rei deste domingo (16) no Allianz Parque, entrou aos 16 minutos do segundo tempo contra o São Paulo, substituindo Merentiel. E o garoto mostrou personalidade.
Dessa forma, acabou provocando a expulsão do zagueiro tricolor Beraldo no fim do jogo. Então, Endrick sofreu uma falta ao ser agarrado pelas costas pelo adversário, que era o último homem, depois de uma arrancada rumo ao gol de Felipe Alves. O menino até pediu para fazer a cobrança, mas as vozes dos experientes do Palmeiras falaram mais alto na hora.
Nesse sentido, o cenário no clássico sem gols contra o São Paulo de ontem era bem diferente da estreia de Endrick pelo Palmeiras. Na ocasião, entrou diante do Coritiba no Allianz Parque no último dia 6, aos 24 minutos da etapa final, com a partida já resolvida. Afinal, o Verdão vencia por 3 a 0, marcando mais um no decorrer do jogo. Ontem, possivelmente só não fez o gol da vitória num Choque-Rei por causa da falta de Beraldo.
Endrick pode ser o 9 que o Palmeiras há tempos sente falta
Aliás, o time de Abel Ferreira se acostumou ao não jogar com um centroavante de ofício desde a saída de Luiz Adriano do clube, último titular absoluto da equipe na posição. Então, se acostumou a ter Rony como um falso 9. Assim, Endrick se credencia a ocupar a vaga na referência do ataque do Palmeiras, tendo como concorrentes Merentiel, Breno Lopes e Flaco López. Do trio, nenhum caiu nas graças da torcida, o que pode significar uma chance para a titularidade num futuro próximo.
O técnico português se pronunciou sobre a dificuldade do Palmeiras de encontrar um centroavante ideal, logo após o empate em 0 a 0 com o São Paulo. “Já percebi que aqui o 9 tem muito peso, não é fácil ser 9 dessa equipe. Não é de agora, é histórico. Os jogadores têm que aprender a lidar com essa pressão, se adaptar a jogar nesse estádio, neste gramado, com essa exigência”, declarou Abel Ferreira, na coletiva pós-jogo, complementando: “Nós entendemos e, sobretudo nosso 9, os jogadores daqui antes de conseguirem triunfar foram amassados”.
A referência foi para jogadores como, além do já citado Luiz Adriano, Breno Lopes e Deyverson. Mesmo que estes tenham feito os gols dos títulos das duas Libertadores conquistadas no ano passado, estes centroavantes, embora predestinados, sempre foram contestados pela torcida do Palmeiras. Portanto, quem sabe a camisa 9 não esteja reservada de fato para Endrick.

