Em uma grande entrevista ao Players’ Tribune, o atacante do Chelsea Armando Broja detalhou como foi a sua infância na Inglaterra após sua família fugir da guerra civil da Albânia de 1997, que desencadeou na derrubada do governo com mais de 2 mil pessoas mortas durante o processo.
Nascido em 2001, em Slough, na grande Londres, o jogador do Chelsea compartilhou o que lembra da sua infância difícil como filho de imigrantes e de ter morado em um quarto com a sua família, que não era pequena.
“Somos de origem albanesa. E os albaneses são bem barulhentos às vezes, então sim, tínhamos uma casa bem barulhenta. Minhas irmãs, eu e meus pais estávamos lá um para o outro. Minha mãe e meu pai me contaram histórias sobre aquela época, e eles tiveram que lutar para chegar onde estamos agora. Acho que moramos nos fundos de um hotel por um tempo quando nasci, o que obviamente não foi o melhor”, começou a contar Armando Broja.
Hoje no Chelsea, Broja morou em um quarto com a família
“Mas todos nós vivíamos em um quarto. Eles provavelmente olham para trás e pensam que percorremos um longo caminho. Quando ele [pai] voltava do trabalho, sempre me perguntava: ‘Armando, você já fez o seu treino?’. Eu dizia, ‘hmmm, sim?’, mas ele sabia que eu estava mentindo”, lembrou o goleador do Chelsea.
“Lutamos assim por alguns anos. Meus pais me contaram as histórias antigas, e eu vi fotos daquela época, mas a única lembrança real que tenho é desse tigre de pelúcia que usei como travesseiro naquele quarto onde toda a família dormia”, falou Broja, que explicou sobre a importância do pai para a família.
“Meu pai fez o que pôde para nos sustentar naqueles anos. Começou por baixo, fazendo obras, construindo casas, assentando tijolos. Ele era um trabalhador tão duro, tão determinado. Sempre havia pessoas prontas para lhe dar um emprego”, finalizou o atleta do Chelsea.

