O goleiro Fábio, do Fluminense, se irritou após receber vaias no último domingo, quando o Tricolor enfrentou o América-MG, pelo Brasileirão, no Maracanã. A atitude do atleta não agradou as principais torcidas do clube, que se reuniram para emitir uma nota condenando o arqueiro.
De acordo com Fiel Tricolor, Torça Flu, Bravo 52, Young Flu, Sobranada e Garra Tricolor, “a torcida é soberana e tem o direito de protestar quando bem entender”. Além da afirmação, as organizadas também realçaram as falhas do goleiro Fábio em jogos decisivos.
“Viemos, através desta nova, repudiar veementemente a declaração do funcionário do clube Fábio. Nossa torcida é soberana para vaiar e protestar quando bem entender, não é o jogador que tem que achar qual é o momento para isso. Nossa torcida apoiou o time durante toda a temporada, seja em casa ou fora dela, quando esgotamos o setor destinado aos visitantes em diversos momentos, mesmo após eliminações vexatórias, mas a paciência se esgotou. E se esgotou, mais ainda, depois de termos visto um jogador que falhou em jogos decisivos tomar essa atitude. Funcionário, você tem 42 anos e sabe bem o que é trabalhar em um time grande”.
O documento também citou a falta de profissionalismo e incentivou a demissão de alguns jogadores do elenco.
“Estamos cansados de atitudes de jogadores que não têm história no clube e se acham no direito de cobrar torcedores pelas suas atitudes, quando esses mesmos torcedores são os que pagam o ingresso e o plano de sócio. O que vocês estão querendo criar com isso? O Fluminense não é brincadeira nem colônia de férias para jogadores velhos virem aproveitar a pré-aposentadoria com tranquilidade. Se estão insatisfeitos, vazem”.
Opinião de Fábio
O goleiro Fábio analisou a situação e disse que as vaias contribuíram para o fraco desempenho em campo.
“A gente ficou invicto muito tempo, e o grupo é praticamente o mesmo. O torcedor fica triste com o resultado e cobra. Acho que tem o direito de cobrar principalmente no final do jogo. As vaias prejudicam a própria equipe. Principalmente depois do segundo tempo, os torcedores estavam incentivando mais a equipe adversária e desrespeitando a própria camisa”, declarou.
Para o arqueiro, o cenário criado pelas torcidas organizadas serviu como um estímulo para o América-MG, que não encontrou grandes dificuldades na partida.
“O torcedor tem que ir até o final. Tem todo o direito de cobrar. Ele que é a referência e a razão do clube, mas tudo tem a hora certa: no final da partida. Infelizmente não foi o que aconteceu, mas é o mesmo time que era considerado o melhor e o que há pouco tempo estava brigando pelo título. São coisas do futebol, futebol brasileiro é isso”, finalizou.

