O técnico da Seleção da Alemanha, Hansi Flick, descartou uma possível influência dos protestos contra a intolerância no resultado do duelo de hoje, contra o Japão, pela Copa do Mundo do Catar. Em campo, os germânicos perderam de virada por 2 a 1.
“Não. Não vamos recorrer ao uso de desculpas, isso seria muito fácil para nós”, respondeu o comandante, ao ser questionado sobre o uso da braçadeira “One Love”, que tem como objetivo o combate ao preconceito contra a comunidade LGBTQIA+.
A Federação Alemã de Futebol (DFB) questionou a criminalização da homossexualidade no Catar, país sede da Copa do Mundo. Em protesto, o capitão Manuel Neuer iria utilizar uma peça com as cores da bandeira do arco-íris. No entanto, a Fifa desenvolveu uma outra braçadeira e ameaçou punir com cartões os que defendem a inclusão.
Os germânicos tentam reverter o quadro com uma ação na Corte Arbitral do Esporte. O objetivo da seleção é revogar a decisão da entidade máxima de futebol, sob o argumento de que foi censurada por utilizar um símbolo que representa os direitos humanos.
No jogo de hoje, a Seleção Alemã protestou ao tapar a boca na foto oficial da partida. O gesto simbolizou uma censura, onde os comandados de Flick não possuem o direito de se expressar pelo próximo. “Negar-nos o uso da braçadeira é o mesmo que nos negar a voz”, publicou a DFB em seu perfil no twitter.
O técnico enfatizou a importância do movimento e destacou a pressão imposta pela entidade máxima do futebol. Em relação aos jogadores, o atacante Kai Havertz declarou à AFP que é necessáro mostrar ao mundo a ausência de diálogo imposta pela Fifa.

