A temporada de títulos do Flamengo não foi suficiente para deixar a política do clube tranquila. Segundo Ancelmo Gois, de O Globo, a decisão de Rodolfo Landim de levar a taça da Libertadores para o presidente Jair Bolsonaro fazer uma foto e posteriormente a ajuda que o clube deu para o presidente a levar alguns dos campeões rubro-negros para fazer um passeio de helicóptero não foi aceita muito bem dentro do clube.
Posteriormente, os ataques xenófobos de Angela Machado aos nordestinos, em razão da votação que o presidente eleito Lula recebeu na região, ajudaram a colocar em polvorosa a política interna do clube.
Angela, que é esposa de Landim e diretora de responsabilidade social do Flamengo, postou um texto no qual se referia aos nordestinos como carrapatos. Essa publicação causou enorme irritação. Há pedidos, dentro e fora do clube, para seu desligamento da função.
Segundo Ancelmo Gois, membros do clube cobram o afastamento de Angela, a qual utilizou suas redes sociais para se desculpar.
Angela chegou ao cargo que ocupa hoje, segundo O Globo, após um acerto entre ela e o marido. Landim teria prometido à esposa que ficaria três anos na direção do clube, passaria o cargo para seu vice Rodrigo Dunshee e depois disso o casal se mudaria para o exterior. Porém, Landim decidiu concorrer novamente ao cargo de presidente, Angela, por sua vez, acabou recebendo o cargo que hoje ocupa no Rubro-Negro.
Ainda segundo O Globo, Angela é vista por conselheiros como “alguém que não pratica a responsabilidade social da forma mais atualizada, e sim como assistencialismo”.
O post feito por Angela atingiu a região onde o Flamengo tem grande parte de sua torcida. Segundo uma pesquisa O Globo/Ipec, o Rubro-Negro tem 25,2% dos torcedores da região que é a segunda mais populosa do país, com 57,6 milhões de habitantes.

