A situação da seleção francesa poucos dias antes do inicio no Catar não é das melhores. Perdendo dois principais destaques da última Copa do Mundo, Pogba e Kanté, a França ainda não vai contar com Nkunku, um dos artilheiros no futebol europeu.
Além disso, a equipe de Didier Deschamps não conta com o goleiro reserva Mike Maignan, e encontra problemas físicos nas estrelas como Karim Benzema. Dessa forma, os franceses acabaram perdendo o posto de ampla favorita da competição disputada no Oriente Médio.
Somado a todos esses problemas, uma sina que repercute entre imprensa e torcedores franceses como uma “maldição” no desempenho esportivo. Em todas ocasiões que a França chegou a uma Copa do Mundo, na edição posterior acabou eliminada na fase de grupos, frustrando o país. Apesar de serem poucas decisões, apenas três considerando a última e duas quedas em 2002 e 2010.
Outras familiaridades chamam atenção em comparação a eliminações nos torneios. Em 2002, por exemplo, o grupo da França contava com a Seleção da Dinamarca, de maneira idêntica a 2022.
Copa do Mundo 2002
Na Copa do Mundo conquistada pelo Brasil, a França chegava em alta após passear diante dos brasileiros por 3×0, em 1998. Além disso, os franceses ampliaram o favoritismo com a conquista da Euro 2000.
Dispondo de lendas como Petit, Patrick Vieira, Thierry Henry e Trezeguet, a expectativa era uma seleção dominante no grupo com Senegal, Dinamarca e Uruguai. No entanto, o grande baque foi a ausência de Zinedine Zidane em praticamente toda Copa, com problemas físicos, os europeus perderam sua referência.
Dessa forma, nitidamente os franceses sentiram em campo, perdendo para Senegal na estreia. Foram duas derrotas e um empate na fase de grupos, um desempenho pífio do campeão que amargou a lanterna do grupo.
Copa do Mundo 2010
Após o fracasso em 2002, a seleção francesa novamente se reergueu com mas uma grande atuação de Zidane na Copa da Alemanha, culminando em um vice-campeonato polêmico. Após mais uma final, o dilema voltou à tona em 2010, na África do Sul.
Por outro lado, não dá para esquecer que aquela França passava por um processo natural de renovação que só deu frutos em 2018. Ainda assim com nomes como Ribery, Henry, Evra, Gignac e o jovem Hugo Lloris, a expectativa era de um bom desempenho.
No grupo da anfitriã com México e Uruguai, os franceses estrearam com um empate por 0x0, o único ponto conquistado. Em seguida, após uma derrota para os mexicanos, um dos momentos mais emblemáticos daquela edição foi a derrota para a África do Sul por um placar de 2×1. Selava assim, mais uma Copa com o tabu.
Uma peculiaridade é que nas duas Copas, a França enfrentou seleções africanas, Senegal e África do Sul. Desta vez, no Catar, o duelo é contra a Tunísia.
França tenta quebrar maldição com Mbappé
Obviamente mesmo com desfalques importantes, a seleção francesa segue como postulante ao título. Nomes como Lloris, Giroud, Camavinga e Griezmann seguem confirmados até então.
Ao mesmo tempo, a dupla Kylian Mbappé e Karim Benzema é a esperança para desequilibrar as potências. O atacante do PSG atravessa grande momento, liderando a artilharia da Champions League e ainda mais incisivo do que em 2018.

