Bem, amigos do Torcedores.com! O narrador Galvão Bueno, da TV Globo, comemorou nesta segunda-feira (28) uma marca histórica pessoal. A partida entre Brasil x Suíça, válido pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, foi o 50º jogo que o profissional narrou da seleção brasileira, que venceu os suíços por 1 a 0.
O próprio comemorou a sua marca em sua conta no Twitter, que possui 358,2 mil seguidores. No Instagram, Galvão possui 1,3 milhão de seguidores e costuma postar um pouco dos bastidores da narração esportiva e de seu trabalho aos internautas.
Nesse tempo, ficaram conhecidos diversos bordões que marcaram época no futebol brasileiro. “Quem é que sobeee?”, “Vai que é tua Taffarel!”, são algumas das marcadas registradas de Galvão. Recentemente, ele contraiu a covid-19, mas se recuperou a tempo de chegar ao Catar para narrar os jogos do Brasil.
Nascido Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno, o locutor possui 72 anos e nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de julho de 1950. Curiosamente cinco dias após o Maracanazo, episódio que marcou a perda da copa daquele ano do Brasil para o Uruguai, em pleno Maracanã.
Galvão Bueno começou a cobrir copas na Alemanha em 1974
A longa história do narrador começou em 1974. Naquele ano, participou de sua primeira copa: participando do programa Mesa Redonda, que era transmitida pela TV Gazeta, de São Paulo. Porém, a carreira começou na Rádio Gazeta, pouco antes da emissora de TV.
No mundial de 1978, na Argentina, Galvão estava em casa nova. Pela TV Bandeirantes cobriu a copa que ficou marcada pela eliminação do Brasil na semifinal sem perder um único jogo. Foi o mundial dos “campeões morais”.
Nas copas seguintes, de 1982, 86 e 90, Bueno já estava na Rede Globo, emissora na qual ingressou em 1981. Ele foi para lá junto com o retorno dos direitos de transmissão da Fórmula 1, que no fim da década de 70, havia ido para a Bandeirantes. Essa mudança também representou uma transição na carreira do narrador. Antes coadjuvante de Luciano do Vale na Band, passou a ser principal nome nas narrações.
É tetra! É tetra!
Galvão Bueno ficou conhecido por outro bordão, até hoje lembrado pelos torcedores. O ano é 1994, na qual o Brasil se classificou para a copa dos Estados Unidos no sufoco. O time começou bem a campanha, vencendo duas das três partidas da primeira fase daquela copa: 2 a 0 em cima da Rússia e 3 a 0 em cima de Camarões; além do empate de 1 a 1 com a Suécia.
Foi uma campanha cheia de emoção e que ficou marcada pela quebra de vários jejuns. O primeiro: então 16 anos sem chegar a uma semifinal de copa – esse jejum foi quebrado na vitória de 3 a 2 sobre a Holanda nas quartas-de-final.
O segundo jejum foi chegar à final da copa após 24 anos. O Brasil enfrentou a Itália na final. E após um jogo muito equilibrado, a taça foi para a disputa de pênaltis. E quando o italiano Roberto Baggio isolou a bola em sua cobrança, dando o título ao Brasil, Galvão gritava para o país inteiro ouvir: “é tetra! É tetra!”. Fato que é lembrado até hoje
Mas aí veio o 7 a 1
Vinte anos depois do tetra, com o Brasil já pentacampeão do mundo, veio a semifinal da copa de 2014, contra a temida Alemanha. A seleção entrou em campo desfalcada de Neymar, que havia se machucado contra a Colômbia nas quartas-de-final. Thiago Silva também não jogou naquela partida.
Muitos se lembram daquele dia terrível do Mineirão. “É gol da Alemanha!”, narrava Galvão. “Olha eles chegando de novo…gol da Alemanha!”. Assim como a comemoração do tetra, em 1994, a maior tragédia da história do futebol brasileira também ficou eternizada na voz de Galvão Bueno.
Embora muitos torcedores considerem Galvão como sendo “chato”, por às vezes tomar a palavra do comentarista, fato é que o público brasileiro acostumou-se a ver os jogos da seleção tendo a voz do narrador ao fundo. Seja para conquistas ou seja para tragédias.

