A Liga F (Liga de Futebol Feminino Profissional) exigiu, nesta terça-feira (8), que a RFEF (Federação Espanhola) cumpra sua parte do acordo com as árbitras da categoria.
Em setembro deste ano, as profissionais da primeira divisão feminina decidiram não apitar os jogos por conta dos baixos salários.
Depois de vários dias de negociações, a RFEF, a Liga F e o CSD (Conselho Superior de Desportos) chegaram a um acordo que estabelecia uma remuneração de 25 mil euros por ano para as árbitras, 16 mil euros para as assistentes e 3.750 para os quartos árbitros.
Na decisão também ficou estabelecido o pagamento de 350 mil euros por ano para aquelas que encerraram suas carreiras na arbitragem.
Outra resolução do acordo determinou que os clubes ficariam responsáveis pelo pagamento das taxas de arbitragem, no valor de 4.048 por jogo, que seria distribuído entre todos os integrantes da comissão. O restante seria assumido pela Liga F e pelo CSD.
Contudo a RFEF emitiu faturas de 14.647 euros, cifras muito mais altas do que as estabelecidas no acordo. Com isso, a Liga F enviou um comunicado cobrando que a Federação Espanhola cumpra sua parte do pacto.
“ (…) o secretário-geral da RFEF, em nova demonstração de falta de gravidade no descumprimento do acordo com o governo da Espanha e com a Liga F, enviou um comunicado aos clubes obrigando-os a pagar um recibo de arbitragem de 14.647 euros. Por parte, ao invés do que foi acordado, 4.048 euros, ameaçando aplicar sanções disciplinares em caso de não realização dos referidos pagamentos”, disse a nota.
