Copa do Mundo: Tite evita comentários sobre protestos no Catar

Depois da vitória sobre a Sérvia por 2 a 0 nesta quinta-feira (24), o técnico Tite, da Seleção Brasileira, participou de uma coletiva de imprensa, onde foi questionado sobre os protestos por direitos humanos na Copa do Mundo, que está sendo realizada no Catar.

Ao contrário da Alemanha e Inglaterra, que foram ameaçadas pela Fifa, o treinador brasileiro optou por evitar o debate e afirmou que o seu foco é o esporte.

“Meu posicionamento é ligado ao esporte especificamente, ele é que o esporte é um veículo de educação também, na medida em que há lealdade, capacidade de superação, é a minha atividade, é aquela que eu tenho domínio, aquela que eu busco. Eu quero ser um exemplo enquanto técnico, quero que os atletas sejam um exemplo, eu quero que nós enquanto comissão técnica sejamos exemplo, mas entendo o contexto todo dela”, declarou o comandante brasileiro.

“Quero sim e luto para que haja igualdade, que não haja discriminação, qualquer que seja ela, luto e busco também, mas eu tenho uma área especifica que eu posso e que eu a domino e essa é no esporte. Eu quero ser um exemplo na minha atividade para poder inspirar principalmente a garotada, nós cascudos já temos nossos princípios, nossa ética, temos uma garotada que a gente pode exemplificar, a essa quero me ater, sem alienação, são escolhas”, completou.

Alemanha, Inglaterra e outras seleções europeias questionaram o posicionamento do Catar, que criminaliza as relações homoafetivas. Os europeus utilizariam uma braçadeira de apoio à causa LGBTQIA+, porém foram ameaçados de punição pela Fifa.

Enquanto o capitão inglês, Harry Kane, não pôde utilizar a peça personalizada, os alemães foram mais além e posaram para a foto oficial de estreia com as mãos sobre os lábios, uma referência à censura imposta pela entidade máxima do futebol.

O Brasil retornará aos gramados na próxima segunda-feira (28), para um duelo contra a Suíça, pela fase de grupos da Copa do Mundo. O jogo terá início às 13h, de Brasília.