Home Automobilismo F1: Sir Jackie Stewart fala sobre perigos do automobilismo nos anos de 1960

F1: Sir Jackie Stewart fala sobre perigos do automobilismo nos anos de 1960

Escocês abordou os riscos da categoria em sua época; piloto abandonou o circo após a morte de companheiro de equipe

Bruno Bravo Duarte
Jornalista e editor com atuação nos portais Torcedores.com e Naspistas.com. Teve passagens por Euqueroinvestir.com, Jornal Povo, Niterói TV, Jornal A Orla e Jornal do Rock. Apaixonado por futebol e automobilismo, torcedor do América-RJ, tifosi de carteirinha e Youtuber nas horas vagas.

Prestes a lançar um documentário sobre a sua vida, Jackie Stewart analisou a sua carreira e os ricos da Fórmula 1 durante os anos de 1960 e 1970. Para o ex-piloto da Tyrrell, as mortes em acidentes daquela época estavam associadas à organização dos Grandes Prêmios.

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“Naquela época, nunca parávamos uma corrida. Nós passávamos através do fogo em caso de um acidente com incêndio. Todos eram amigos, essa era a grande coisa naqueles dias. Todos nós saímos de férias juntos. Jochen (Rindt) e Piers Courage, Jimmy Clark e Graham (Hill). E Bruce McLaren, também. Passávamos muito tempo juntos e realmente tínhamos um grande grupo de pessoas e, infelizmente, muitos morreram”, declarou o tricampeão.

Stewart também comentou sobre os carros e os circuitos daquela época. Para o escocês, estar em um Grande Prêmio era sinônimo de enfrentar a morte a cada domingo de corrida.

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“Não havia áreas de escape, não havia barreiras deformáveis. Nos cockpits do carro, estávamos sentados em tanques de combustível o tempo todo, literalmente completamente sob suas pernas.” comentou.

Jackie ainda lutou por reformas em autódromos que não eram seguros na época. Nürburgring, na Alemanha, era o principal alvo das críticas do tricampeão. Em 1976, Niki Lauda quase teve a sua vida ceifada na parte de Nordschelife, após a sua Ferrari explodir em uma colisão

“A coisa de que mais me orgulho foi fechar Nürburgring, porque na minha época era absolutamente ridículo. Comecei uma campanha para fechar Nürburgring e Spa. Recebi ameaças de morte, pessoas entrando em minha casa e gritando, berrando e atirando pedras para tentar entrar pelas janelas”, declarou.

Por fim, o ex-piloto da Tyrrell optou por encerrar a sua carreira no ano de 1969, quando o seu companheiro de equipe, François Cevert, faleceu no circuito de Watkins Glenn, nos Estados Unidos. Naquele ano, Jackie conquistou o seu tricampeonato na categoria.

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