Copa do Mundo 2022: Facincani avalia Portugal sem Cristiano Ronaldo e diz que atacante ‘intimida’
Jornalista analisou a grande vitória portuguesa sobre a Suíça nas oitavas de final do Mundial do Catar
Alex Pantling/Getty Images
Portugal teve, na última terça-feira (6), sua grande vitória na Copa do Mundo 2022. Seis a um, fora o baile, sobre a Suíça, equipe conhecida pelo seu poderio defensivo, em plenas oitava de final. Uma atuação de gala, coletiva e individualmente. E surpreendentemente sem Cristiano Ronaldo como titular.
A ausência do craque português, que havia sido titular em todas as partidas portuguesas do Mundial do Catar até então, foi história tanto quanto a grande atuação que resultou na goleada sobre suíços. Ainda mais porque o substituto do ‘Robozão’, Gonçalo Ramos, marcou três gols no confronto.
Assim, o início de CR7 no banco de reservas virou assunto — e claro, alvo de debate nos programas esportivos brasileiros. O da Placar, por exemplo, transmitido no YouTube, contou com uma análise de Felippe Facincani, que avaliou o impacto (e a ausência) do atacante entre os titulares.
“Um jogador desse quilate deveria potencializar a equipe. Mas o momento do Cristian Ronaldo é mais de declínio do que de manutenção ou mesmo de auge, como viveu na carreira”, iniciou o jornalista. “Cristiano, dispensado do Manchester United, buscando alternativa dele lá no futebol árabe, por causa da grana, por pouco espaço lá na Europa. E é uma temporada de poucos gols, pouco protagonismo. E isso também tem um reflexo na seleção portuguesa. Não é que ele não é importante, que Portugal joga melhor sem ele, mas talvez o time esteja mais leve em campo. Porque depende menos de um jogador que, hoje, já não consegue mais, tão sozinho, chamar as responsabilidades”, completou.
A ausência de CR7 no banco foi uma opção de técnico Fernando Santos, que admitiu ter se irritado com a reação do jogador durante sua substituição no último jogo da fase de grupos da Copa do Mundo, diante da Coreia do Sul. Ainda assim, ele é visto como um jogador “bom de grupo”.
“Claro que ele é um baita de um boa praça, um jogador que não é vaidoso, não é egocêntrico, não é um cara que puxa só pra ele. Ele é bom de grupo. Os relatos do Cristiano Ronaldo são ótimos dentro do futebol, apesar de ele ser uma figura que em muitos momentos parece arrogante e tal. Mas é o contrário, um cara extremamente profissional, até demais, inclusive”, pontuou Facinani.
Cristiano Ronaldo ‘intimida’ colegas na Copa do Mundo 2022
Só que não é só uma questão de relacionamento para explicar Portugual sem Cristiano Ronaldo. Segundo Facinani, seria algo mais perto da liberdade que os demais atletas portugueses têm sem ele. “A presença dele intimida, às vezes faz você buscar o Cristiano como um GPS. Sem ele, Portugal passou a jogar por ‘nós’, afirmou.
“Dentro de campo, quando o cara tem uma bola, quando o Bruno Fernandes, o João Félix, o Bernardo Silva, atletas que cresceram vislumbrando como ídolo, lógico que vão buscá-lo, pela liderança e pelo respeito. E às vezes, no futebol, respeito demais te limita a tomar uma decisão que talvez não pudesse ser a correta, se você tivesse a personalidade de falar “Cristiano, não vou tocar essa para você, vou jogar sozinho”, completou.
Confira a análise completa de Facincani no vídeo abaixo:
