No próximo sábado (28), o Flamengo enfrenta o Palmeiras pela Supercopa do Brasil, torneio que reúne o campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão do ano passado.
E para esse jogo, a CBF anunciou que algumas mudanças no VAR serão testadas. A principal mudança será a nova linha de impedimento, baseada na Premier League e que favorece o ataque.
A nova linha será um pouco mais grossa, ou seja, em lances duvidosos, de pouca distância entre o zagueiro e o atacante, o VAR não vai acusar impedimento.
Na prática, se as duas linhas (da defesa e do ataque) se encostarem, elas virarão uma linha só, acusando “mesma linha”, deixando o jogo seguir.
Se o teste for bem sucedido, esse novo modelo de VAR será usado também no Brasileirão e na Copa do Brasil.
O primeiro país que adotou esse modelo de traçar a linha “mais grossa” no impedimento foi a Inglaterra. Hoje, a Espanha também utiliza esse recurso.
Outra novidade que será testada nessa partida é a transmissão da verificação do VAR no telão do estádio, para todo mundo acompanhar em tempo real. Se der certo, isso também deve ser adotado nas competições nacionais.
Jornalista critíca falta de transparência da CBF
No programa “Fim de Papo”, a jornalista Marília Ruiz criticou essas novas medidas da CBF para o VAR, principalmente a nova linha de impedimento. Marília entende que falta transparência sobre essa nova linha.
“A explicação é que vamos copiar a Premier League, mas eles não falam o que vão fazer. A empresa é a mesma que já presta serviço para a CBF, o serviço do VAR já é prestado pela mesma empresa, e ela diz que vai usar o VAR com uma linha mais grossa para diminuir a possibilidade de distorções, mas qual é a largura da linha baseada na distorção da imagem?”, questionou Ruiz.
Depois, a jornalista disse que conversou com pessoas da empresa que presta serviço à CBF para entender o novo sistema a ser adotado. Ela explicou como vai funcionar.
“Toda imagem tem distorção, o mesmo VAR que vai para a Vila Belmiro distorce 15 cm, no Morumbi à noite são 22 cm, então a linha tem que ser inteligente, é uma conta matemática, nenhuma imagem é 100%. A gente transformou o lance de impedimento num lance interpretativo, agora tem que fazer uma conta, em toda projeção há distorção.”
Por fim, Marília Ruiz também criticou as imagens que serão passadas no telão do estádio. Ela entende que não vai ser tudo transmitido, apenas o que é de interesse deles.
“É uma bizarrice, um teatro que vai acontecer. Quando o VAR quiser aparecer, a gente vai ouvir, mas só quando eles quiserem, aí já não há transparência, transparência seria se fosse tudo aberto”, finalizou.
