O histórico time do Santos bicampeão mundial dos anos 60 é considerado por muitos a maior equipe não só da história do futebol brasileiro, como tambem do planeta. Tanto que sua escalação costuma ser declamada como um poema, com a formação do técnico Lula na ponta da língua dos torcedores.
Contudo, um destes nomes não é tão celebrado como deveria. Pelo menos na opinião de Milton Neves. Falecido em 26 de dezembro de 2021 em Santos devido a complicações respiratórias, Dorval completaria 88 anos hoje (26). “Merecia mil vezes mais reconhecimento”, escreveu Milton Neves, em sua coluna no UOL.
Para muitos, Dorval é o mais habilidoso ponta-direita da história do Peixe. Gaúcho de Porto Alegre e nascido em 26 de fevereiro de 1935, era o primeiro nome citado no mais famoso ataque de todos os tempos entre os clubes brasileiros: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Dorval é o sexto maior goleador do Santos
Antes de chegar ao Santos, Dorval passou pelas bases de Grêmio e do hoje extinto Força e Luz na capital gaúcha. Então, o ponteiro chegou à Vila Belmiro em 1956, onde permaneceu por 10 anos em quatro passagens, até 1966.
Além do Santos, Dorval também jogou por Juventus-SP, Bangu, Athletico-PR, Racing-ARG, Palmeiras, Valencia-VEN e SAAD, de São Caetano do Sul, onde encerrou a carreira em 1972. Pela seleção brasileira, disputou 14 jogos entre 1959 e 1963 e marcou um gol, na goleada por 7 a 0 sobre o Chile no Maracanã em 1959, pela extinta Taça Bernardo O’Higgins.
Ao todo, o ponta-direita disputou 612 partidas com a camisa do Santos, marcando 194 gols, sendo o sexto maior artilheiro da história do Peixe. Entre os títulos que ganhou pelo Alvinegro Praiano, estão dois Mundial Interclubes (1962 e 1963), duas Libertadores (1962 e 1963), cinco Taças Brasil (1961 a 1965), além de quatro Torneios Rio-São Paulo e seis Paulistões.

