Nos últimos dias, o goleiro Bruno foi anunciado como reforço do Orion FC para a disputa da Super Copa Pioneer, tradicional torneio de várzea de São Paulo. Entretanto, a organização da competição impediu a inscrição do atleta, que foi condenado pela morte da modelo Eliza Samúdio. Presidente do Atlético Carioca, time que o camisa 1 tem contrato até julho, Maicon Vilela comentou sobre a situação e citou o atacante Jobson, ex-Botafogo, como exemplo.
“Eu acho que teriam que tirar o Jobson também. Se o problema é ferir a honra das mulheres, por que a inscrição do Jobson não foi barrada? Estuprar pode? Eu não estou defendendo o Bruno, só estou questionando a inscrição do Jobson. A pergunta é: qual é o maior erro?”, questionou o dirigente, em entrevista exclusiva ao Torcedores.com.
Jobson foi anunciado como reforço do Vila Izabel, de Osasco (SP), no início do mês passado. O atacante é acusado de ter estuprado duas adolescentes, de 13 e 14 anos, em 2016, em uma chácara na zona rural de Couto Magalhães, na divisa de Tocantins com o Pará. O jogador foi julgado no ano passado e o caso estava na etapa de alegações finais, que antecede a publicação da sentença.
Bruno barrado da Super Copa Pioneer
Na noite da última terça-feira (21), o Orion FC surpreendeu a todos e anunciou o goleiro Bruno como reforço para a disputa da Super Copa Pioneer. O acerto repercutiu nacionalmente, mas a organização tomou a decisão de o impedir de participar do campeonato.
“Tomada com unanimidade pela organização e corpo diretivo da competição, a medida se faz necessária, sobretudo em prol de todas as mulheres”, explicou a organização do torneio de várzea.
Carreira do goleiro
Bruno defendeu o Flamengo entre 2006 e 2010, até a prisão depois da acusação de participação na morte da modelo Eliza Samúdio, com quem teve um filho. Em 2013, o goleiro foi condenado a uma pena de 22 anos e três meses.
Através de habeas corpus, Bruno conseguiu deixar a cadeia e, em 2017, defendeu o Boa Esporte, de Minas Gerais. O atleta também passou por Poços de Caldas, também de Minas, Rio Branco-PR e Araguacema, de Tocantins.