Muito criticado pelos torcedores em diversas ocasiões, o meio-campista Bruno Tabata surpreendeu na divulgação da escalação como substituto de Endrick. O jogador, que chegou ao Palmeiras na temporada anterior para preencher a vaga de Gustavo Scarpa, ainda não convenceu todos os fãs. Porém, a performance do jogo das quartas de final do Paulistão foi sucesso entre a torcida e o técnico Abel Ferreira detalhou mais sobre a escolha.
Abel Ferreira explica escolha de Bruno Tabata
Em entrevista coletiva após a vitória por 1 a 0 contra o São Bernardo, Abel Ferreira foi questionado sobre a escolha de Bruno Tabata. O técnico português detalhou mais:
– “É um jogador que conhecemos bem, lembro-me de vê-lo treinar no Portimonense com o falecido Antônio Oliveira. Eu o conhecia muito bem, no Sporting jogou de interior muito bem. Quando chegou aqui pensou que o ritmo era o que ele estava acostumado, mas nós aqui treinamos com muita intensidade. A concorrência é muito forte e ele foi se adaptando. Chegou no meio da temporada, entrou em jogos da Libertadores. É um jogador que tem mentalidade de campeão, chegou de um clube que ganhou títulos. Tem que ser resiliente. Ele está disponível para jogar de 11. Claro que não é um jogador tão agudo, tivemos uma conversa com ele e fez um excelente jogo hoje”
Sobre a reação dos torcedores na substituição, Abel Ferreira elogiou o meio-campista:
– “Conseguiu o respeito, foi aplaudido. Nossos torcedores, como eu, mais chatos, que nunca estão contentes com nada, acho que hoje também o aplaudiram. A minha intenção era fazê-lo furar a linha de cinco, estávamos preparados para isso. Ele fez uma excelente partida
Ausência de Endrick
O jovem promessa de 16 anos esteve no banco de reservas do Palmeiras, mas não foi acionado. Sem problemas físicos, gerou dúvidas entre os torcedores sobre se a escolha seria devido ao jejum de gols do atleta. Entretanto, Abel Ferreira usou a sua entrevista coletiva para esclarecer esta questão:
– “Ele joga com dois atacantes e, com três zagueiros do São Bernardo, seria fácil para eles marcarem. Por isso deixamos só um na frente, que era o Rony, dois bem abertos e estes zagueiros deles marcando ninguém. Os meias tinham que ajudar os pontas, se colocássemos o Endrick ficaria fácil para eles. Teriam três zagueiros para marcar dois jogadores. Um zagueiro ficaria na sobra. Com o tamanho deles, não teríamos vantagem. Então, preferimos abrir bem a linha, e jogamos de trás para frente. Essa foi a nossa intenção quando escalamos o Tabata aberto. Não mantive o Endrick porque o Navarro é muito maior, o São Bernardo tem uma boa bola aérea, a troca foi pensando nisso. Poderia ter colocado o Endrick, mas optei pelo Navarro pela bola aérea. O Endrick é mais agudo, joga mais em busca do espaço”.
