Em mais um capítulo da polêmica envolvendo Willian Bigode, Gustavo Scarpa e Mayke, a Justiça de São Paulo determinou o bloqueio das contas do jogador do Fluminense a pedido do lateral-direito do Palmeiras. Segundo informações de Diego Garcia, as autoridades podem continuar procurando como realizar o pagamento dos ex-colegas.
Contas bloqueadas de Willian Bigode
Em processo movido por Mayke, ex-companheiro de Willian Bigode no Palmeiras, a Justiça do Estado de São Paulo determinou a penhora de R$7,8 milhões das contas do jogador do Fluminense. Até o momento, foram encontrados apenas R$1,7 milhões. Na decisão, o juiz Christopher Alexander Roising não aceitou a opção de garantia da empresa Xland, companhia suspeita de dar o golpe nos atletas.
Segundo informações de Diego Garcia, quando foi assinado o contrato com Mayke e Gustavo Scarpa, a empresa Xland colocava como garantia para o empreendimento um lote de pedras preciosas, alexandritas. O magistrado informa: “nestes autos, inexiste garantia real, mas mera cláusula contratual afirmando que o devedor (Xland), que aparentemente de um golpe nos autores, tinha lastro (de todo duvidoso), apenas como artifício ou ardil para enganar os incautos”.
No processo explica que a garantia não é válida para reembolso: “exatamente pela empresa que aparentemente cometeu um crime, que atestou de um dia para o outro, literalmente, que pedras adquiridas por R$6 mil valeriam US$500 milhões”. E conclui: “não é concebível, sem um crime ou sem vício do consentimento, a aquisição de pedras que teoricamente valeriam US$500 milhões pelo valor de R$6 mil”.
Caso Scarpa
A Justiça do Estado de São Paulo, a pedido de Gustavo Scarpa e Mayke, ex-colegas do Palmeiras, investiga o contrato de investimento oferecido pela Xland. A companhia que foi indicada por Willian Bigode por meio da empresa do jogador WLJC Consultoria afirmava que, quando Mayke investisse US$4,5 milhões, teria um retorno de R$3,2 milhões. Por outro lado, Scarpa aplicou mais de R$6,3 milhões, com a promessa de garantia nas alexandritas, caso a empresa não pudesse realizar o pagamento, este lote, conforme afirma o juiz, também é duvidoso.
No momento de rever suas quantias de volta, nenhum foi ouvido e desculpas foram criadas. Portanto, ambos atletas afirmam que, através da relação de amizade com Willian Bigode, depositaram confiança e investimentos em empresas às quais ele está associado. Portanto, a Justiça considerou que as quantias devem ser devolvidas, sem importar o contrato com as pedras preciosas.

