Os países assinam um acordo para combate ao racismo
Dessa maneira, em uma articulação que teve início com a ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, e pela ministra da Igualdade espanhola, Irene Montero, Brasil e Espanha celebraram, nesta terça-feira (09.05), o acordo.
No acordo, estão envolvidos uma série de ações, mas o foco principal é sim a luta contra a discriminação racial no esporte.
Portanto, o documento envolve, em especial, a luta contra o racismo no esporte, sobretudo após as manifestações discriminatórias direcionadas a atletas de clubes europeus, especialmente ao brasileiro Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid.
Campanha sobre o tema preparada pelo Governo Federal
Ainda, em entrevista à CNN, Anielle Franco afirmou que conversou com a ministra espanhola e com uma das vice-presidentes do País, falando sobre os ataques incessantes a Vini Jr.
Segundo a ministra, o acordo foi comemorado entre as nações e é considerado um avanço para tentar uma solução de um problema que afeta muitos atletas.
“Pedi apoio da ministra porque é perceptível, na Espanha, que eles têm a dimensão do problema, mas não tem uma estratégia que impeça ele e outros de sofrerem isso. Quando vai para a Justiça Desportiva, pensam que é algo menor. Os ataques a ele mostram como o racismo é algo que assola pessoas negras mesmo as que ascenderam muito, como o caso do Vini Jr.”, afirmou Anielle Franco.
Dessa forma, a ministra retomou o plano de superação étnico-racial definido lá em 2008, por Brasil e Estados Unidos e agora também contando com a Espanha.
Nesse acordo, estão previstos a produção de novos dados, o reconhecimento da subnotificação de casos de discriminação e assistência jurídica sem custos para as vítimas de racismo.
Nesse sentido, aqui no país, Anielle explicou que já está em andamento um plano para combate ao racismo no esporte.
Nesse caso, uma parceria com o Ministério do Esporte, comandado pela ministra Ana Moser.
Ou seja, o acordo também inclui ações para combater violência política de gênero e de etnia nos dois países.
Então, Brasil e Espanha compartilharão as boas práticas na luta contra a violência política, entendida como violação de direitos humanos.
Por fim, nos próximos meses, uma comissão de acompanhamento do pacto entre os países será montada e assim iniciará a coordenação das atividades.
Lembrando, o acordo tem validade de quatro anos, e ainda pode ser renovado pelo mesmo período.

