Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da República, se pronunciou mais uma vez sobre o caso de racismo contra Vinícius Júnior, durante o seminário Brasil-África, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, nesta quinta-feira (25). Ele ressaltou que seu governo não irá tolerar atos criminosos neste sentido e, logo em seguida, escreveu nas redes sociais:
“Podemos honrar nossa herança africana fazendo da promoção da igualdade racial um eixo contínuo ligando políticas nacionais à atuação internacional do país. Não toleraremos racismo nem contra brasileiros, nem contra africanos no Brasil”, pontuou Lula.
“Por isso, repudiamos com veemência os ataques racistas que o jogador Vinícius Júnior, e tantos outros atletas, vêm sofrendo reiteradamente”, completou o presidente da República.
Lula vem se posicionando com firmeza sobre o assunto e já tinha declarado apoio ao jogador do Real Madrid. O presidente cobrou providências da Fifa, a entidade máxima do futebol.
Vinícius Júnior convive com a triste rotina de atos criminosos ao redor da Espanha. No último domingo (21), em jogo do Real Madrid contra o Valencia, ele foi chamado de “macaco” por um grande grupo de torcedores.
Javier Tebas, presidente de LaLiga, fala sobre caso Vinícius Júnior
“A sanção de tirar pontos não existe na legislação espanhola. Seria bom pensar na perda de pontos? Creio que sim. Isso seria bom poder introduzir. Com o regime atual de sanções, queremos mais competências para nós. Temos que pensar no futuro”, refletiu ele.
“Contra o racismo é fundamental lutar todo dia”, cravou Tebas, que ainda citou Lionel Messi e Cristiano Ronaldo para argumentar sobre o caso de racismo contra o brasileiro.
“Vinícius Júnior é hoje um dos ou o melhor jogador que temos em nossa competição. E está sendo alvo dos racistas, dos intolerantes. Quanto maior o destaque, maior a quantidade de insultos”, disse.
“O mesmo aconteceu com Cristiano Ronaldo e Messi. Num caso por questões homofóbicas e no outro por deficiência intelectual”, comentou ele, em entrevista coletiva.

