Luxemburgo diz que “o maior problema do Corinthians está no emocional”

O técnico do Corinthians, Vanderlei Luxemburgo, na coletiva após o empate contra o São Paulo, manteve a linha das entrevistas anteriores, falou sobre os problemas do time e as mudanças necessárias para tentar melhorar o desempenho da equipe.

Ao ser questionado sobre o resultado, Luxemburgo falou que ao jogar em casa, o Corinthians tinha obrigação de ganhar. Porém, segundo o treinador, “o trabalho é crescente e vai começar a acontecer. Depois de um resultado ruim [derrota para o Botafogo], eu consegui equilibrar o time para que ele pudesse entrar em campo hoje equilibrado”.

Para Luxemburgo, a “torcida foi fantástica” durante o clássico. O treinador acredita que as vaias ao final da partida é algo “normal” do futebol.

O técnico falou que o time ainda não está “dentro do que ele espera”. O objetivo, segundo Luxemburgo, é “fazer uma marcação mais contundente, mais apertada, mais alta e no campo do adversário”. Ele afirmou que a equipe “marcou atrás” para não ficar vulnerável e isso faz parte de um “processo crescente”.

Segundo ele, a grande conquista dos últimos dias foi pegar um time que havia sido derrotado para jogar um clássico com condições até de “poder ganhar”.

Ao ser questionado sobre qual é o principal problema do time do Corinthians, Luxemburgo falou: “o futebol é muito complicado, cara. Eu tenho uma semana ou dez dias aqui e as pessoas querem que eu consiga mudar, em dez dias, tantas coisas, como se fosse uma ciência exata”.

De acordo com o treinador, muitas coisas precisam ser feitas para a equipe poder encontrar o equilíbrio necessário de um time vencedor. Para o técnico, “o maior problema do Corinthians está no emocional”.

Um exemplo disso, para Luxemburgo, está no fato de que o Corinthians estava sem ter um pênalti a seu favor jogando em casa em 2023. Para ele, isso significa que o time entra pouco na área e tenta poucas jogadas individuais. Luxemburgo acredita que isso precisa mudar.

Por essa razão ele colocou hoje Wesley, segundo o técnico, “um jogador que é abusado, insinuante, que vai pra dentro dos caras”. Para o treinador, outro ponto importante foi manter o posicionamento tático. Luxemburgo afirmou que “contra o Fortaleza, contra o Botafogo e contra o São Paulo a equipe jogou com três jogadores de meio-campo e com três atacantes buscando ser uma equipe equilibrada no meio-campo, no ataque e com uma linha de quatro atrás”.

O Luxemburgo também falou do afastamento de Du Queiroz, Balbuena e Cantillo. Segundo o técnico, esses jogadores foram afastados, porém, ele afirmou que não “houve nenhuma sacanagem com ninguém”. O treinador afirmou que as conversas ocorreram de forma profissional e os jogadores teriam entendido a posição do clube.