Morreu em São Paulo nesta terça-feira (20), aos 71 anos, o ex-árbitro José Aparecido de Oliveira. O funeral está ocorrendo hoje, no Cemitério Memorial Jardim Santo André, em Santo André. Assim, o sepultamento está previsto para às 14h. A causa da morte não foi divulgada.
José Aparecido de Oliveira ficou famoso na primeira metade dos anos 90 por apitar jogos decisivos e sempre se envolver em polêmicas. Recentemente, completou 30 anos o jogo da quebra do jejum do Palmeiras em 12 de junho, em que o Verdão voltaria a ser campeão paulista, o que não conseguia desde 1976. Na ocasião, deixou de expulsar o palmeirense Edmundo no primeiro tempo, logo após o camisa 7 cometer uma falta violenta no corintiano Paulo Sérgio.
Neto admitiu que foi racista contra José Aparecido
Além disso, muitos torcedores se recordam da cusparada que José Aparecido levou de Neto em 1991, quando o então camisa 10 atuava pelo Corinthians. Em mais de uma oportunidade, o apresentador da Band se mostrou arrependido da atitude, pedindo desculpas ao ex-árbitro. Aliás, chegou a dizer publicamente que seu ato foi “nojento e racista”.
“Eu cuspi no rosto do Zé Aparecido e eu fui racista. Racista nojento, escroto, covarde. E os meus filhos sabem disso. E eu aprendi a não ser mais”, disse Neto, no podcast do rapper Mano Brown. Nesse sentido, o ex-jogador faria um mea-culpa: “Quando eu cuspi no rosto do Zé Aparecido, será que se fosse um branco eu cuspiria?”.
O ato de indisciplina de Neto ocorreu num clássico contra o Palmeiras, depois de uma entrada do meia no palmeirense César Sampaio. Assim, José Aparecido lhe expulsou de campo, o que motivaria a cusparada do camisa 10 no rosto do árbitro. Dessa forma, o hoje comentarista pegaria 120 dias de suspensão.
O árbitro também trabalhou na final da Copa do Brasil de 1992. Então, novamente protagonizou uma polêmica, ao marcar um pênalti para o Internacional logo após o zagueiro Pinga cair na área. Assim, Célio Silva converteu, definindo o título a favor do Colorado contra o Fluminense. Em entrevistas posteriores, Pinga admitiria que cavou o lance, se jogando.
José Aparecido de Oliveira parou de apitar aos 45 anos, quando teve diagnosticado um câncer no estômago. Posteriormente, trabalharia como advogado.

