Carlo Ancelotti está perto de ser confirmado como o novo técnico da seleção brasileira. Conforme informações divulgadas pela Globo, o treinador do Real Madrid pode ser oficializado no próximo dia 30 pela CBF. A dúvida é se o italiano assumiria no começo ou no fim do ano que vem, já que possui contrato com os espanhóis até junho de 2024.
Para Casagrande, no podcast Fim de Papo do UOL, a chegada do experiente treinador europeu poderia quebrar hierarquias no futebol brasileiro, em que, de acordo com o comentarista, qualquer um pode transitar e dar palpites dentro do ambiente da seleção brasileira.
“O Ancelotti chegaria sem ter esses compromissos, essas ligações, essas portas abertas para todo mundo. Eu acho que isso ia consertar, como poderia ser com o Jorge Jesus também ou com o Abel. Um cara que fosse de fora”, complementou Casagrande.
Assim, os profissionais que podem auxiliar Ancelotti na comissão técnica do escrete canarinho começam a ser debatidos. Nesse sentido, o comentarista considera fundamental ter alguma referência do futebol brasileiro para ajudar o técnico italiano. Então, mencionou dois ex-companheiros de Roma, com que o atual treinador do Real Madrid jogou junto nos anos 80.
“Acho que Falcão ao lado dele ou Toninho Cerezo, ou os dois, que jogaram com ele, poderiam ajudar na colocação dele dentro do futebol brasileiro. Morando aqui, vendo jogo aqui, acompanhando com duas pessoas que ele confia”, palpitou Casão.
Casagrande declarou preferência por Abel Ferreira e opinou que a CBF não se apequenou
Desse modo, falou da insistência com Ancelotti, mesmo diante das opções das quais julgava melhores para a sucessão de Tite. Então, o comentarista citou que nem as pressões por Fernando Diniz, Dorival Júnior ou Abel Ferreira sensibilizaram Ednaldo Rodrigues, o presidente da CBF, a mudar de ideia sobre o italiano.
Dessa forma, Casão declarou que o técnico do Palmeiras seria o seu favorito para a seleção brasileira, recomendando que o português conciliasse o trabalho no Verdão com o na CBF. “O Abel parece carta fora do baralho, apesar de ser o treinador com mais títulos aqui na América do Sul e tá trabalhando no Brasil. Ele conhece a imprensa brasileira, os jogadores que estão jogando no Brasil. E eu achava que era o caminho mais curto e positivo”, opinou Casagrande.
Por fim, o ex-jogador não se incomoda com a espera por Ancelotti, que pode durar um ano, tampouco concorda que a CBF esteja se apequenando com a atitude. “É fugir da mesmice. Se é para resolver o problema agora, para não ficar esperando, pega o Fernando Diniz. O Dorival que é um cara legal também, o Renato Gaúcho que é meu amigo”, declarou Casão, que finalizou afirmando que a CBF precisaria de mudanças de estrutura.

