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FIFA aumenta premiação da Copa do Mundo feminina

Valor investido aumentou 150% desde a última edição do torneio há quatro anos

Thais May Carvalho
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e mestranda de Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo, sou colaboradora do Torcedores.com desde 2020. Escrevo sobre diversas modalidades, com foco mais voltado para futebol americano, beisebol, surfe, tênis, futebol, hóquei no gelo e basquete.

Nesta semana, a FIFA cumpriu um acordo estabelecido em março deste ano em que prometia pagar todas as atletas que participassem da Copa do Mundo de futebol feminino, que acontecerá entre os dias 20 de julho e 20 de agosto na Austrália e na Nova Zelândia.

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De acordo com a entidade, as 16 seleções que não passarem da fase de grupos vão receber US$ 2,250 milhões cada uma. Deste montante, 690 mil dólares precisam ser distribuídos entre as 23 atletas de cada equipe – o que dá cerca de US$ 30 mil (ou 148 mil reais) para cada uma. Os US$ 1,560 milhões restantes vão para as federações dos países.

A cada fase que as equipes avançarem na Copa do Mundo, este montante vai aumentando. As jogadoras eliminadas nas oitavas levam US$ 60 mil, nas quartas US$ 90 mil, as quartas colocadas ficam com US$ 165 mil, as terceiras colocadas com US$ 180 mil e as vice-campeãs com US$ 195 mil. Já o time vencedor vai levar um prêmio total de 10,5 milhões de dólares, com as atletas distribuindo mais de seis milhões entre elas – o que daria US$ 270 mil para cada uma – e a federação ficará com US$ 4,290 milhões.

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Esta é a primeira vez na história da competição que todas as atletas vão ter uma premiação garantida só por participar do torneio. Por conta disso, o orçamento de prêmios da FIFA na Copa do Mundo de futebol feminino saltou de US$ 30 milhões na edição de 2019 para US$ 110 milhões nesta.

Além da maior verba para as federações e as jogadoras, a FIFA também alocou US$ 30,7 milhões para que as seleções possam se preparar para o torneio. Outros 11,5 milhões de dólares serão destinados para pagar aos clubes que cederem suas atletas à competição.

Ao todo, a FIFA está investindo 152 milhões de dólares (o que dá quase 750 milhões de reais) em compensações nesta Copa do Mundo, um valor 150% maior do que aquele feito quatro anos atrás, quando foram desembolsados US$ 50 milhões para a edição na França.

Este aumento faz parte do plano de Gianni Infantino de igualar as premiações para as Copas do Mundo masculina e feminina no próximo ciclo (em 2026 e 2027). Para efeito de comparação, na Copa do Catar a entidade desembolsou 440 milhões de dólares em prêmios para os homens.

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A FIFPRO, organização que representa atletas de futebol no mundo inteiro e que exigiu esta mudança na premiação em março, exaltou a atitude recente da FIFA. “Eles escutaram a voz das jogadoras e tomamos medidas em direção a uma maior equidade de gênero no nível mais alto do nosso jogo. O legado desta ação é das jogadoras, [e] para as jogadoras de hoje e de amanhã”, ressaltou a FIFPRO para o jornal The Athletic.