A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou Fernando Diniz, do Fluminense, como o novo técnico interino da Seleção Brasileira. A presença do comandante Tricolor no escrete Canarinho não agradou Alicia Klein, que questionou a escolha durante o “Cartão Vermelho”, desta noite (04), no portal UOL.
“É mais um capítulo bizarro dessa novela que virou a escolha do treinador da seleção brasileira, mais uma vez colocando uma pedra no caminho de uma solução e escolhendo para isso um treinador que já comanda um clube, que passa por um dos piores momentos nesse clube. O que me gera uma preocupação que não é só a falta de lógica tática, técnica, de continuidade de trabalho, porque não são dois treinadores parecidos, tem obviamente um conflito de agenda: como ele vai se dedicar à seleção brasileira se ele tem os compromissos no Fluminense? Ser técnico da seleção, ainda que ele seja interino, não é só estar sentado no banco e fazer convocação, existe um trabalho de observação de jogadores que demanda tempo”.
Alicia ainda demonstrou preocupação com a temporada. Além de estar disputando a fase de mata-mata da Libertadores, com o Fluminense, Diniz também terá compromissos com a Seleção Brasileira, tendo que disputar as eliminatórias da Copa do Mundo. Neste ano, o escrete Canarinho enfrentará Uruguai, Venezuela e Colômbia, em partidas que acontecerão entre os meses de outubro e novembro.
“E o Fernando Diniz tem uma questão que é a principal, que deveria ter sido pensada pela CBF e que eliminaria qualquer treinador em atividade com cargo no clube, que é o conflito de interesse. No momento que ele precisa convocar a seleção, de setembro a novembro, quando tem as Eliminatórias, tem reta final de Brasileiro, reta final de Libertadores, como ele vai fazer a convocação? Como ele vai fazer isso de forma isenta, se ele é o técnico do Fluminense: ele vai desfalcar o Fluminense, os adversários do Fluminense? Isso tudo levanta uma série de questões que parecem completamente desnecessárias para preencher uma vaga-tampão, para estar ali até a chegada de Ancelotti. precipitado, ainda que seja interino, Diniz não tem currículo para isso, e nessa posição de manter o trabalho no Fluminense, aí realmente acho que a CBF se superou…”, finalizou.

