O meia Raphael Veiga, do Palmeiras, e o atacante Luciano, do São Paulo, foram alguns dos jogadores que já foram punidos com cartões amarelos por chutarem a bandeirinha de escanteio durante comemoração de gols. A instrução passada pela CBF tem gerado muitos debates na imprensa esportiva. Wilson Seneme, chefe de arbitragem da entidade, defendeu a medida e diz que os jogadores estão assumindo muitos riscos de grande confusão nos estádios.
“Ninguém quer proibir comemoração de gol. É um direito dos jogadores. Eu acho que é o momento mais importante do jogo. A comemoração de um gol, a liberdade de um jogador comemorar o gol. Mas assim, é um risco grande quando o jogador chuta a bandeirinha, principalmente quando ele está no estádio da equipe adversária. A bandeirinha com a flâmula e o símbolo da equipe adversária. Na arquibancada estão os torcedores da equipe adversária. No campo, estão os adversários. Então, assim, nós seguimos o que a regra nos permite seguir. Ninguém vai aqui ser autoritário ou querer passar o limite de instrução ao árbitro que a regra não nos dá”, disse Seneme, durante o programa “Papo de Arbitragem”, da CBF TV.
“Nós não vamos assumir isso, esse risco, porque nós queremos fazer o que é correto, o que é justo. Cada jogador, cada um dentro de campo é responsável pelas suas ações, ainda mais tendo recebido as orientações (…) Eu aconselharia evitar a comemorar o gol, evitando essas ações de chutar a bandeirinha de escanteio. Isso gera problema grave (na maioria das vezes). Só que a gente não pode determinar isso como uma instrução única porque a regra não me permite. Então vai do bom senso do jogador e vai da interpretação que o árbitro teve”, concluiu o ex-árbitro.

