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A ex-jogadora de vôlei Ana Moser foi demitida do Ministério do Esporte pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT/SP). A rescisão da ex-ministra foi cogitada nos últimos dois meses e a decisão está relacionada a uma reforma ministerial no Governo Federal.
O cargo de Ana Moser será ocupado pelo deputado André Fufuca (PP/MA). Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, a posse do novo ministro acontecerá na próxima semana, quando Lula retornar da reunião da cúpula do G20, que será realizada na Índia.
O presidente e a ex-ministra se encontraram nesta quarta-feira, no Palácio da Alvorada. Na reunião, Lula confirmou que Ana Moser seria desligada do cargo.
A ex-jogadora de vôlei viveu momentos antagônicos no Ministério dos Esportes. Ana Moser foi elogiada ao declarar que o Brasil seria um dos candidatos a sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027 e criticada por questionar os esportes eletrônicos, que para ela não seriam considerados esportes.
Demissão gerou críticas por parte de associações esportivas
A Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro e os grupos Atletas pelo Brasil e Movimento Esporte pela Democracia emitiram uma nota criticando a decisão do Governo Federal. Para as entidades, o esporte não é “uma moeda de troca”.
“A Atletas pelo Brasil, a Comissão de Atletas do COB, o Conselho de Atletas do CPB e o Movimento Esporte pela Democracia vêm a público manifestar sua apreensão com uma possível mudança no comando do Ministério do Esporte – segundo a imprensa vem noticiando.
Ainda durante a campanha presidencial em 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro com representantes da área, disse que era necessária uma “revolução” na política pública de esporte, uma que ajudasse a “construir uma boa política de esporte para este país, da infância até a terceira idade”.
É justamente isso que a ministra Ana Moser tem se dedicado a fazer desde o início de sua gestão, mesmo com uma equipe reduzida e recursos escassos. É imperioso notar que, não fosse ela, não seria este o rumo da política de esporte.
Lamentamos que, menos de um ano depois, em nome de uma pretensa governabilidade, o governo do presidente Lula possa vir a romper com seu discurso e promessas e, colocando o Ministério do Esporte na mesa de negociações políticas, aniquile toda e qualquer possibilidade de que a política de esporte que o Brasil precisa seja efetivamente implementada.
O esporte não é moeda de troca. Nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor.
A ministra Ana Moser tem o nosso apoio e o da comunidade esportiva para continuar avançando rumo às mudanças necessárias na estrutura da política pública de esporte do país, visando a democratização de seu acesso a todas as brasileiras e brasileiros.”
