Em entrevista à Jovem Pan, Tiago Leifert falou sobre o modo como Neymar é tratado pela imprensa. Recentemente, Casagrande, ao comentar os casos de Antony e Paquetá, lembrou que o craque do Al Hilal “debocha de todo mundo e cometeu crime ambiental”. Sendo assim, como ambos os atletas investigados por situações diferentes foram cortados, o comentarista sugeriu que o atacante também merecia ser tratado da mesma forma.
Sendo assim, Tiago Leifert, inicialmente, destacou que Neymar não se importa em agradar membros da comunicação. Além disso, o ex-jornalista da Globo fez questão de mencionar a atitude do atacante em expor o apoio político a Jair Bolsonaro nas últimas eleições, algo que rendeu reprovações na mídia esportiva.
“Conheço o Neymar há muitos anos. Na época do Dorival, o massacre que a imprensa paulista fez com ele, um moleque de 17 anos, me surpreendeu. Quem sou eu para ensinar o Neymar sobre a vida dele? Fiz um editorial mostrando. Pessoal, calma, ele é o melhor cara que apareceu nos últimos anos, é uma esperança para o Brasil inteiro. Brigar com o treinador é a coisa mais normal do planeta. O Romário e o Edmundo nunca brigaram com o treinador? O que ele fez não era a coisa mais absurda”, disse.
“O problema do Neymar é que ele não joga o jogo fora do campo, ele não se ajoelha para o sistema, não dá entrevistas, não elogia as pessoas que devem ser elogiadas. Ele não vai fazer, ele está cag*ndo para você, ele tem a vida dele, tem que jogar bola. A gente sabe a opção política dele. Ele faz o que quiser da vida“, completou.
Na sequência, Tiago Leifert concordou que é normal discordar da postura extracampo de Neymar. Porém, no momento em que a presença do camisa 10 na seleção é questionada, ele destacou que não vai se calar, tendo em vista o sentimento de indignação em cogitar a possibilidade do principal jogador do Brasil ficar fora do time.
“Você quer odiar o Neymar porque ele desviou um lago? Tranquilo? Quer odiar porque traiu a noiva? Tranquilo. Por isso, você acha que ele não deve ser convocado? Opa, peraí. Aí eu entro. O Ronaldinho Gaúcho estava preso com passaporte falso e ninguém falou nada. Todo mundo achou engraçado. São oito pesos e oito medidas, e a do Neymar é brincadeira. Ninguém é obrigado a gostar dele, mas essa discussão (sobre convocar ou não), vocês estão de brincadeira e palhaçada! Pelo amor de Deus.”, afirmou.

