Tim De Waele/Getty Images
Com uma carreira vitoriosa tanto no Brasil como em gigantes europeus, o ex-jogador Emerson foi um dos ídolos presentes na partida festiva entre ídolos do São Paulo e do Milan no último sábado (16).
Com muita qualidade na marcação e com muita técnica, o ex-volante se destacou também na seleção brasileira,sendo uma das referências da posição. Questionado pelo Torcedores.com em entrevista exclusiva sobre quais jogadores da geração atual se destacam em sua posição e se alguém se aproxima do seu estilo de jogo, ele citou Casemiro, atualmente no Manchester United, e André, destaque do Fluminense.
“Nunca gostei de fazer comparações, porque acho que cada um tem sua maneira, suas características. Mas sempre gostei muito do Casemiro, representando o Brasil, um cara que encaixou bem na seleção brasileira. Hoje temos o André do Fluminense, é um cara que eu gosto, tem espírito, tem uma entrega gigantesca. Citando alguns nomes, esses dois são os que gosto de ver jogando”, declarou.
Emerson fala sobre a diferença de idade no Reencontro de Gigantes
Depois de uma primeira etapa com empate em 1 x 1, o São Paulo sobrou na segunda etapa do jogo festivo, vencendo a partida por 4 x 1.
Um dos pontos que fez diferença foram as substituições realizadas no segundo tempo, uma vez que o Milan contou com poucas opções para manter o ritmo do começo da partida, algo que foi citado pelo ex-volante na zona mista.
“Viemos para uma festa, o jogo foi legal, é sempre gratificante voltar a jogar futebol, em um estádio que tem história, com a camisa do Milan. Sabíamos que ia ser difícil até pelo número de jogadores”, afirmou o ex-jogador campeão do mundo com a seleção brasileira.
“O primeiro tempo foi legal, equilibrado, aí estava brincando que no segundo tempo o São Paulo colocou o sub-20 para jogar, aí ficou mais difícil para os mais velhos”, brincou o ex-volante. Na sequência, Emerson manifestou alegria em participar da partida festiva.
“Mas foi legal, muitos ídolos do São Paulo gostariam de participar, segundo tempo o São Paulo ficou mais jovem e sabemos que faz uma diferença muito grande”, citou Emerson.
Elogios para Vitor Roque e Endrick, e ausência de brasileiros no Milan
Já na zona mista, o ex-jogador respondeu porque hoje o time italiano não busca contratar tantos jogadores brasileiros como na época em que ele atuava. Além disso ele elogiou Endrick e Vitor Roque, mas adota cautela em relação ao futuro de ambos.
“Isso é muito da gestão (ausência de brasileiros). Na época do Berlusconi chegamos a ter oito brasileiros. Muda um pouco da gestão, quando o Milan foi comprado, outros diretores, outra mentalidade”, avaliou Emerson. O ex-volante também ressaltou o momento da seleção brasileira influenciando na questão.
“Acho que um pouco também pela dificuldade pelo que estamos passando em relação a seleção brasileira. Eles gostam de pegar craques, jogadores que estão se destacando. E hoje o momento da seleção faz com que os jogadores não sejam procurados”, ponderou o ex-jogador. Porém, Emerson deixou evidente o desejo para que ocorre uma mudança nisso.
“Temos talentos como Endrick e Vitor Roque, jogadores com potencial muito grande, mas que são jovens, vão precisar de maturação, de tempo. Espero que o Milan possa mudar isso em breve possa levar mais brasileiros para lá”, complementou Emerson.
Carreira do ex-jogador
Revelado na base do Grêmio, Emerson ficou na equipe gaúcha até 1997, conquistando títulos de destaque, como o bicampeonato da Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores da América.
Em seguida o ex-volante iniciou sua carreira na Europa, onde vestiu as camisas do Bayer Leverkusen, Roma, Juventus, Real Madrid e Milan. Já em 2009 ele voltou ao Brasil para uma rápida passagem pelo Santos, onde se aposentou.
Na Roma ele venceu uma edição do Campeonato Italiano enquanto no Real ele garantiu uma LaLiga. Já no Milan ele foi um dos destaques no título da Copa do Mundo de Clubes da Fifa em 2007.
Emerson também se destacou vestindo a camisa da seleção brasileira, onde esteve de 1997 até 2006, com conquistas da Copa América e Copa das Confederações. Já em 2002 ele foi convocado por Felipão para a disputa da Copa do Mundo que rendeu o pentacampeonato, mas foi cortado por lesão.
Já em 2006 ele disputou o Mundial pelo Brasil, sua última competição com a seleção canarinho.
