Troféu do Brasileirão, vencido pelo Palmeiras nas duas últimas edições (Crédito: Lucas Figueiredo - CBF)
Analisando os rumos do futebol brasileiro, Mauro Cezar alertou sobre os bastidores financeiros dos clubes. Como o movimento da Liga Forte Futebol ganhou força em 2023, parte das receitas já foram adiantadas aos componentes do grupo, algo que fez o Internacional garantir, inicialmente, R$ 109 milhões, metade do acordo de R$ 218 milhões.
Neste cenário, Mauro Cezar enxerga um risco para os times que estão adiantando os valores em questão. Mesmo fora da Libertadores, o Internacional não vem economizando ao montar um elenco bastante forte, que ganhou os acréscimos de Santos Borré e Alario. Diante disso, traçou-se um paralelo do Colorado com o Grêmio, visto como uma administração pautada no equilíbrio financeiro.
“O Inter está fazendo várias contratações e nem está na Libertadores. Tem o Valencia, Alario e o Borré. Eu não consigo entender qual a estratégia de montagem da equipe. Mas a grande questão é que clubes dessa liga estão vendendo parte dos direitos de transmissão comprometendo receitas futuras, e gastando com contratações hoje.”, disse Mauro Cezar, em live do UOL Esporte.
“Se esse dinheiro fosse utilizado para reduzir dívidas… arrumar a casa para, aos poucos, ir se recuperando. Isso vai custar caro no médio prazo. O Grêmio não está nessa, é um clube que tem uma situação financeira bem controlada. A tendência é haver uma disparidade.”, completou.
Mauro Cezar alerta o Fluminense
Assim como o Internacional, o Fluminense fechou com a LFF e também garantiu R$ 218 milhões através dos direitos de TV do Brasileirão por 50 anos. Mesmo com a conquista histórica da Libertadores, Mauro Cezar alertou que o Tricolor das Laranjeiras corre um grande risco de “se afundar” no futuro por conta de dívidas.
“O mesmo está acontecendo no Rio de Janeiro. Os três, fora o Flamengo, estão fazendo essa opção. Dois têm investidores, Botafogo e Vasco, e o Fluminense tem uma dívida alta, pouco se fala disso por conta das conquistas do ano passado.
Já comprometeu metade dessa receita dos R$ 100 milhões, antecipou uma parte. Isso é uma bomba-relógio que está sendo montada. É muito preocupante no longo prazo.”, finalizou.

