![Ney Wilson, diretor de esportes de alto rendimento do COB esclarece polêmica na gestão skate olímpico.](https://media.torcedores.com/wp-content/uploads/2024/02/rayssa-leal-skate-312x208.jpg)
Rayssa Leal, do Brasil, em ação durante a semifinal feminina do Mundial de Skate Street Roma 2022 (Antonio Masiello/Getty Images).
Um dos esportes mais praticados no Brasil, o skate saiu do status de recreação para o de esporte profissional de alto nível, com direito a campeonatos mundiais disputadíssimos e que movimentam bilhões de dólares por ano.
O diretor de Alto Rendimento do COB, Ney Wilson, explicou como foi o processo para manter os atletas tranquilos a menos de cinco meses da competição.
Em entrevista à Gaúcha Zero Hora, Wilson afirmou que está tudo certo para que não falte nada aos atletas nas Olimpíadas apesar da situação.
“Pedimos a eles outras necessidades que eles tinham e pudessem nos passar. Estavam presentes atletas, treinadores e agentes (empresários).
Foi importante para entendermos melhor a modalidade. Nós lidamos com todas, mas não temos especialização nelas. Isso fica a cargo da confederações, disse Wilson”.
O diretor alegou também que todas as despesas e infraestrutura para a etapa de classificação que acontece em Dubai estão já provisionadas, cabendo aos atletas se preocuparem apenas em treinar:
“São três eventos, o primeiro em Dubai. Serão 50 atletas e todos com as taxas pagas pelo COB. Até hoje, eles eram responsáveis pelas despesas, mas nós entendemos que, por se tratar de classificação olímpica, a responsabilidade é toda nossa. Eles entenderam e já ficaram bem mais tranquilos”
Divisão no skate brasileiro
O movimento de profissionalização do skate não é novo, mas no Brasil é é recente, com destaque para nomes da velha guarda como Bob Burnquist e Mineirinho no masculino e as jóias recentes da modalidade feminina, como Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Letícia Bufoni.
Contudo, a gestão do esporte em nível olímpico enfrentou um impasse no final de 2023, quando a World Skate retirou a administração do esporte da Confederação Brasileira de Skate (CBSk) e passou para a Confederação Brasileira de Hóquei e Patins (CBHP).
A divisão gerou uma série de críticas e a World Skate determinou a fusão das entidades, que ficariam sob o guarda-chuva do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Contudo, em decisão desta terça-feira (27) do Comitê Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), a administração do skate brasileiro profissional volta para a CBSk.