Home Lutas Após encarar ‘pedreiras’, Gabriel Fly fala sobre próxima luta no UFC: “Vou para finalizar”

Após encarar ‘pedreiras’, Gabriel Fly fala sobre próxima luta no UFC: “Vou para finalizar”

Brasileiro falou com exclusividade ao Torcedores.com e projetou a postura no embate contra Billy Quarantillo, previsto para o UFC Vegas 89

Diego Lucio Castro de Oliveira
Diego Lucio é profissional da área de TI, e escreve sobre futebol e artes marciais desde 2018. Mergulhou ainda mais no mundo das lutas em 2023, e participou de duas coberturas 'in loco' do UFC 283 e do UFC São Paulo.
Gabriel Fly x Shane Young no UFC

Gabriel Fly comemora vitória contra Shane Young no UFC 293. (Crédito: Mark Evans/Getty Images)

Gabriel Miranda, ou apenas Gabriel Fly, atuará em ‘campo neutro’, no UFC Apex, e em condições iguais. Desta maneira, quer mostrar novamente o motivo de ser uma das esperanças brasileiras na categoria.

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Em entrevista exclusiva ao Torcedores.com, o brasileiro de cartel 17-6 falou sobre atuar ‘fora de casa’ nos primeiros compromissos pela organização. Gabriel Fly ainda projetou seu próximo compromisso contra Billy Quarantillo no UFC Vegas 89, marcado para o dia 23 de março.

Nas duas primeiras lutas pelo UFC, Gabriel encarou dois adversários que atuavam em seus respectivos países. Em uma dessas oportunidades, topou duelo contra adversário de nome, e fora de sua divisão original, o peso-pena.

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“Acredito que não(seja uma dificuldade a mais), eu até gosto desse clima. Todo mundo contra, me motiva a estragar a festa dos caras”, disse Gabriel Miranda sobre lutar na ‘casa’ dos adversários.

“Mas uma das minhas metas no UFC é lutar em casa, estive presente em alguns eventos aqui no Brasil e na moral, a energia do nosso povo é irada demais. Não vejo a hora de pegar um gringo aqui no Brasil, para poder sentir esse outro lado na moeda”, afirmou Gabriel Fly à nossa reportagem, revelando seu desejo de lutar em solo brasileiro.

Luta contra a sensação Benoit Saint-Denis

Gabriel Fly ganhou uma e perdeu outra desde que assinou com o UFC. Porém, cabe a ressalva de que o revés foi para o nome do momento na divisão peso-leve, Benoit Saint-Denis. Na ocasião, o brasileiro pegou a luta de última hora, faltando duas semanas para o evento em questão.

Sobre o insucesso diante do francês, Gabriel elogiou Benoit e destacou a diferença entre lutar nas duas categorias.

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“O Benoit é uma encrenca, vejo ele como futuro campeão dos leves. Era nítida a diferença de tamanho entre eu e ele. Eu peguei essa luta com nove dias, não tive camp e estava praticamente no peso”, relembra Fly.

“Já lutei nos leves antes, mas fiz um trabalho específico para baixar para os penas e quando muda de categoria muita coisa acontece, inclusive o poder de força e de absorção”, aponta o brasileiro.

“A vitória foi mérito dele, mas com toda certeza com um camp completo e um trabalho específico para lutar nos leves, a minha performance seria outra”, indica sobre o embate.

Próxima luta de Gabriel Fly no UFC

Depois da derrota para Benoit Saint-Denis no peso-leve, o brasileiro voltou para o peso-pena e não tomou conhecimento de Shane Young em sua terra natal, na Austrália, no UFC 293.

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Motivado por esse triunfo, o brasileiro encara agora o experiente Billy Quarantillo, dono de cartel 18-5 e que tem seis de suas últimas oito lutas indo para a decisão dos juízes.

Gabriel Fly, por sua vez, tem o estilo mais agressivo, e costuma finalizar suas lutas na via rápida. Sobre essa diferença de estilo de jogo, o brasileiro nos contou que pretende finalizar a luta o quanto antes.

“Cara, o Billy é um cara duro, não é à toa que ele nunca foi finalizado. Sempre treino para lutar três rounds, mas eu sou um finalizador. Um professor me disse uma vez: ‘Quem faz ponto é costureira, a gente tem que ir pra finalizar!'”, enfatiza Gabriel Fly, sinalizando uma postura ofensiva na luta.

“Sempre buscarei a finalização e essa luta é perfeita para mim. Ele tem bastante luta no UFC e a galera gosta dele. Tem muita gente que irá ver essa luta e que ainda não me conhece. Então, essa luta vai me dar uma ótima visibilidade. Vou para finalizar!“, afirmou Gabriel, que acrescentou sua fala mostrando confiança em sua vitória.

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“Mas se precisar sair na porrada com ele por três rounds, eu estarei pronto pra isso. Seja por finalização, nocaute ou pontuação no final, a minha mão será levantada e muita gente que não acredita, vai estar de boca aberta com a minha performance”, promete o brasileiro.

“Não é por eles, é por mim. Passei muita coisa pra chegar aqui e não vou deixar ninguém tirar isso de mim”, completa.

Rivalidade com Ilia Topuria

Perguntado sobre quem seria o ‘cara’ no futuro da divisão peso-pena, Gabriel Fly relembrou de um rival da época de Brave, o espanhol Ilia Topuria.

Atual desafiante de Alexander Volkanovski pelo cinturão da categoria, Topuria quase enfrentou o brasileiro pelo cinturão em sua antiga companhia.

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Porém, a luta não aconteceu, pois o espanhol acabou assinando com o UFC antes e, mantendo seu cartel invicto, pode ser o novo campeão após o UFC 298, evento do mês de fevereiro.

“Cara, tem muita gente boa nessa categoria, penas e leves é literalmente uma selva, não tem luta fácil. Mas eu tenho uma treta antiga aí com um certo espanhol marrento e falador”, disse Gabriel Fly, se referindo a Topuria.

“Era pra gente ter lutado pelo cinturão do Brave, ele falou coisa pra caramba na época, e eu também. Mas acabou que ele entrou antes no UFC e é uma luta distante no momento. Vou passo a passo para consolidar minha carreira no UFC, mas uma hora a gente se encontra com certeza”, afirmou Gabriel Miranda.

Estreia de Gabriel Fly no UFC Apex

O brasileiro Renato Moicano, um dos protagonistas do UFC Vegas 85 deste próximo sábado(3), afirmou não gostar de lutar no UFC Apex, casa do Ultimate que tem abrigado a maioria dos ‘Fight Nights’ recentes.

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Moicano polemizou ao citar que a ausência do público, é algo que não agrada a nenhum dos lutadores. No entanto, para Gabriel Fly o fato acaba não pesando e depois de lutar em duas arenas lotadas em seus dois primeiros compromissos, não terá problema em lutar para menos pessoas.

“Cara, o UFC é o UFC seja no MGM (Grand Garden Arena) ou no Apex. É o maior evento do mundo. Existem os caras que se sentem bem com torcida, outros não”, afirmou Gabriel.

“É muito individual, mas eu fico feliz em estar vivendo meu sonho. Paguei um preço alto pra estar aqui hoje e pra mim lutar no UFC sempre vai ser incrível seja onde for. Já lutei por 50 reais, então estarei amarradão lutando no Apex”, finalizou o brasileiro.