Jogadores do Corinthians comemorando gol no Paulistão (Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
Lidando com uma grande pressão no início do ano, o Corinthians busca entrar nos eixos após a demissão de Mano Menezes. Mesmo com o patrocínio astronômico fechado pela diretoria, Mauro Cezar Pereira ainda não vê o Timão em condições de disputar grandes títulos.
Além da clara distância envolvendo Palmeiras e Flamengo, Mauro Cezar alega que o Corinthians está longe de clubes como Grêmio e Athletico-PR. Um dos fatores que endossa a opinião do jornalista é a não preocupação do time em cortar gastos para equilibrar as contas, algo refletido na iminente contratação de Igor Coronado.
“O Corinthians insiste em uma receita perigosa que o distancia dos seus grandes rivais em um cenário cada vez mais competitivo. Você tem os dois clubes que, hoje, são de ponta, Flamengo e Palmeiras, com mais dinheiro e capacidade de investimento.”
“Clubes como Grêmio, que foi para segunda divisão, mas tem uma certa estabilidade financeira há algum tempo, e o Athletico-PR, que mantém seu prumo e sempre muito competitivo.”, afirmou Mauro Cezar, em live do UOL Esporte.
Na sequência, Mauro Cezar destacou que o cenário competitivo no futebol nacional não é favorável ao Corinthians. Como o modelo SAF foi adotado por Vasco, Bahia, Botafogo e Cruzeiro, o jornalista sinalizou um viés de melhoria dos clubes, que têm grandes objetivos na temporada.
“Os clubes que viram SAFs ressurgem das cinzas sendo competitivos. O Botafogo poderia ser campeão ano passado. O Vasco saiu da segunda divisão e contrata de uma maneira que não seria possível. O Bahia é outro exemplo muito importante, e o Cruzeiro, que estava afundando na Série B.”, completou.
Mauro Cezar exalta projeto do Fortaleza
Mauro Cezar lembrou também do processo de organização do Leão do Pici antes da mudança para o modelo SAF.
Por conta disso, Mauro Cezar afirmou que o Corinthians também pode repetir o plano em questão, mas é necessário uma grande força de vontade para alcançar os resultados esperados de forma gradativa.
“Até quando os clubes vão viver assim? As referências são outras. Como é que o Fortaleza saiu da Série C, se estruturou, virou um clube atraente para bons jogadores, e se reinventou sem ser SAF? Os jogadores sabem que o Fortaleza é um clube legal de jogar, tem torcida e cumpre suas obrigações. Como o Fortaleza conseguiu, e o Corinthians não consegue? Tem que querer.”, afirmou.
