Cabine do VAR, operado pela CBF, no Maracanã (Fernando Torres / CBF)
Possível novidade que causou polêmica, o cartão azul não é bem visto por Mauro Cezar Pereira. Como dois cartões já são aplicados dentro de campo, houve uma sinalização de que uma nova punição é totalmente desnecessária. Isso porque o cenário em questão aumentaria a quantidade de debates vazios nas transmissões.
“Eu acho esse negócio de cartão azul é mais uma patacoada. Se quer fazer experiência, faz no sub-13, sub-15… depois fala se deu certo e não deu certo isso e aquilo. Ficar jogando na mídia para ter aceitação… já tem cartão amarelo, tem o segundo amarelo, que poderia ser de outra cor, e tem o vermelho. Tá bom assim, chega!”, disse Mauro Cezar, em live no YouTube.
“Até nas transmissões, os narradores ficam induzindo o telespectador a achar que tem que expulsar. Muitos árbitros adoram dar cartão porque são fracos e só sabem se impor pelo cartão (…) Vai criando essas coisas e piorando mais ainda. Vai ter discussão de ‘era para azul? Vermelho? Rosa? Laranja?’. Não enche o saco.”, completou.
Ao seguir com o discurso, Mauro Cezar alertou sobre mais um “risco” do cartão azul. Isso porque a Central do Apito, extinta pela Globo, poderia voltar como forma de informar os torcedores sobre a novidade dentro de campo.
“Sabe o que vai acontecer? Essa m… vai fazer a Central do Apito voltar. Algum executivo vai chegar assim: ‘Agora, com a complexidade dos cartões, precisamos de alguém que traduza’. O árbitro é o coadjuvante do espetáculo, o jogo é dos jogadores, o técnico tem relevância pelas decisões fundamentais, e a torcida.”, afirmou.
Reprovado por Mauro Cezar, cartão azul ainda não está nos planos da Fifa
De forma oficial, a Fifa destacou que, por enquanto, não planeja realizar testes sérios com o cartão azul. Porém, a possibilidade da punição envolvendo uma exclusão, por 10 minutos, de atos envolvendo simulação, faltas antijogo ou desrespeito com o árbitro não foi descartada.
“A FIFA deseja esclarecer que os relatos do chamado ‘cartão azul’ nos níveis de elite do futebol são incorretos e prematuros.”
“Quaisquer testes desse tipo, se implementados, devem limitar-se a testes de forma responsável em níveis inferiores, uma posição que a FIFA pretende reiterar quando este item da agenda for discutido na Assembleia Geral do IFAB (órgão responsável pelas regras do futebol) em 1º de março.”, informou o comunicado da Fifa.

