Home Futebol Abel Braga detona regra do Brasileirão e lamenta situação de dois clubes: “Preocupa” 

Abel Braga detona regra do Brasileirão e lamenta situação de dois clubes: “Preocupa” 

Treinador cobrou que os jovens formados na base sejam valorizados pelos times da Série A

Bruno Romão
26 anos, jornalista formado pela Universidade Estadual da Paraíba, amante da escrita, natural de Campina Grande e um completo apaixonado por futebol. Contato: [email protected]
Abel Braga.

Abel Braga, ex-dirigente do Vasco Daniel RAMALHO/VASCO)

Convidado no “Futsummit“, evento sobre a indústria do mundo da bola, Abel Braga lamentou os rumos do futebol nacional. Após a CBF aumentar o limite de estrangeiros no Brasileirão para nove, o técnico campeão mundial em 2006 acredita que os jovens da base serão prejudicados com a medida, já que os clubes podem contratar mais gringos no mercado da bola.

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“Eu li alguma coisa sobre ser permitido nove estrangeiros nas equipes da Série A do Brasileiro. Porr…, fecha o clube! Vai gastar R$ 50-60 milhões por ano no clube em base. Se não vai ter base, fecha! Como você vai criar identidade?”, questionou.

Para embasar o discurso, Abel Braga sinalizou a ausência de atletas formados na base entre os titulares do Internacional. Ciente de um cenário semelhante no Vasco, o profissional acredita que a situação nos times está longe da normalidade.

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“O Inter, hoje, na equipe principal não tem um jogador que foi feito na base.”, afirmou Abel Braga.

“O Vasco, no segundo jogo contra o Nova Iguaçu, nenhum dos relacionados era da base do Vasco. Me preocupa quando eu olho o Vasco sem nenhum jogador da base em uma semifinal de Campeonato Carioca.”, contou o apresentador Getúlio Vargas.

“Estou falando a verdade mais uma vez. Preocupa todos nós.”, completou o técnico.

Abel Braga lamenta “prioridade” dos jovens

Apesar da cobrança envolvendo os garotos da base, Abel Braga enxerga uma falta de conscientização nas equipes. Dando ênfase ao vício nas redes sociais, o ambiente nos bastidores do Vasco serviu de exemplo no discurso.

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“Não tem mais um jogador que fica oito anos em um clube. Hoje, a identidade é com Iphone e Samsung. O cara vive disso. Bota a meia, a chuteira e pega o telefone. Hoje, só se vê celular, cara. Qual o conteúdo disso? Eu perguntei no Vasco se os garotos que estavam chegando no profissional conhecem o tamanho do clube. Se receberam algum papel para saber o que era isso aqui. Não tem mais isso.”, destacou.