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Santos x Portuguesa decidiu o título do Paulistão de 1973, que acabou dividido entre os dois clubes; entenda

Último título de Pelé pelo Santos ficou marcado por erro de matemática do árbitro Armando Marques na disputa de pênaltis

Por Adriano Oliveira em 17/03/2024 11:17 - Atualizado há 2 meses

Santos x Portuguesa decidiu o título do Paulistão de 1973, que acabou dividido entre os dois clubes
Divulgação/ Santos FC

Há 51 anos, em agosto de 1973, Santos e Portuguesa se enfrentaram no estádio do Morumbi, em São Paulo, em clássico que decidiu o Campeonato Paulista daquele ano.

Na época, o torneio estadual era disputado entre 12 equipes, em dois turnos.

O primeiro turno foi vencido pelo Santos de forma invicta, com oito vitórias, três empates e goleadas como 3 x 0 no clássico contra o Corinthians, 6 x 0 diante do Juventus e 5 x 1 sobre a Ponte Preta.

Já no segundo turno, a Portuguesa de Desportos sagrou-se campeã e se classificou para a final contra o Peixe.

Santos e Portuguesa protagonizaram uma grande decisão no Morumbi, que teve recorde de público com 116.156 torcedores presentes para assistir ao confronto.

Em campo, o Peixe de Pelé e a Lusa de Eneás empataram pelo placar de 0 x 0 durante o tempo regulamentar.

Como também nenhuma das equipes balançou as redes na prorrogação de 30 minutos, a decisão do título seguiu para as cobranças de penalidades.

Do lado santista, o comandante Pepe escalou os cinco cobradores: Zé Carlos, Carlos Alberto Torres, Edu, Pelé e Léo Oliveira. 

Pelo time rubro-verde, Isidoro, Calegari, Wilsinho, Basílio e Tatá foram os escolhidos pelo técnico Oto Glória.

E a principal competição estadual do país ficou marcada por um erro grosseiro de matemática, quando o árbitro Armando Marques se equivocou na contagem dos pênaltis e o título acabou posteriormente sendo dividido entre Peixe e Lusa.

Decisão por pênaltis foi encerrada antes pelo árbitro

A Portuguesa iniciou a disputa de pênaltis com Isidoro, que teve a cobrança defendida pelo goleiro santista Cejas.

Em seguida, Carlos Alberto Torres e Edu acertaram as redes para o Peixe e Calegari, do time luso, também desperdiçou sua batida.

Wilsinho, da Portuguesa, acertou a bola no travessão, selando a terceira cobrança desperdiçada pela equipe do Canindé.

Para ser campeão paulista, bastava então ao Santos converter o pênalti seguinte, que seria cobrado por Pelé.

Porém, o árbitro Armando Marques errou na contagem e encerrou as cobranças, apontando o time da Vila Belmiro como vencedor.

Os jogadores e torcedores santistas passaram a comemorar o título, com direito à entrega do troféu e volta olímpica no Morumbi, mas algum tempo depois Armando Marques foi alertado sobre o erro.

O juiz então tentou reiniciar a disputa de penalidades. No entanto, a delegação da Portuguesa já havia deixado o estádio do Morumbi.

“Não foi um erro de direito, foi um erro matemático. Pensei que o Santos tinha uma vantagem matemática insuperável sobre a Portuguesa. A culpa foi toda minha”, declarou o árbitro Armando Marques após a decisão.

A diretoria da Lusa passou a exigir uma nova partida decisiva, enquanto os dirigentes do Santos queriam somente completar a disputa de pênaltis para sacramentar a conquista do título estadual.

Porém, depois de bastante discussão, o presidente da Federação Paulista de Futebol, José Ermírio de Morais, partiu para uma decisão inusitada e, em comum acordo com os dois clubes, declarou Santos e Portuguesa campeões paulistas de 1973.

Ao ser perguntado por jornalistas se a torcida que compareceu ao Morumbi não foi prejudicada com a divisão do título, o presidente da FPF respondeu: “Que nada. A torcida até que viu futebol demais pelo preço que pagou”.

Nesta edição do Paulistão, Pelé assinalou 11 gols e foi o artilheiro da competição pela 11ª vez, além de ter sido o último troféu conquistado pelo Rei do Futebol vestindo a lendária camisa 10 do Santos.

As equipes

PORTUGUESA: Zecão, Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco, Basílio e Xaxá; Enéas (Tatá), Cabinho e Wilsinho; treinador: Oto Glória

SANTOS: Cejas, Zé Carlos, Carlos Alberto Torres, Vicente e Turcão; Clodoaldo, Léo e Jair (Brecha); Eusébio, Pelé e Edu; treinador: Pepe

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