Criticado no passado pela ausência de títulos, Fernando Diniz quebrou a escrita dirigindo o Fluminense. Antes de vencer o Carioca, Libertadores e Supercopa, o treinador foi alvo de protestos na primeira passagem, algo que teve peso na demissão sacramentada em 2019. De volta ao cargo, o profissional esteve longe de ser unanimidade, mas provou que a contratação foi acertada.
Em entrevista ao GE, Diniz apontou que os técnicos em atividade no Brasil precisam lidar com o risco constante de demissão. Neste cenário, o caso de Juan Pablo Vojvoda ganhou ênfase, já que o Fortaleza, elogiado pela atitude, fez questão de manter o argentino em um momento crítico.
“O Abel fica no Palmeiras porque é bom, mas também porque ganhou. E se não ganha? Poderiam ter abortado o trabalho. O Tite no Corinthians contra o Tolima… Os caras seguraram e colheram frutos.”
“O Fluminense é exemplo, mas o mais vivo hoje é o Fortaleza. Ficaram um tempão na zona de rebaixamento, seguraram o Vojvoda e têm um trabalho cada vez mais sólido. Vale como referência para o futebol nacional.”, afirmou.
Passagem de Diniz pela seleção brasileira
Escolhido para assumir o Brasil de forma interina, Diniz não concluiu o ciclo estabelecido no momento do acordo. Mesmo com o péssimo desempenho nas Eliminatórias, o treinador considera que os frutos do trabalho seriam colhidos ao longo do tempo.
“No primeiro momento, eu fiquei muito triste com o que aconteceu. Esperava ficar até a Copa América. Foi uma tristeza muito grande no começo. Mas o Senhor sabe de todas as coisas. Hoje tenho um sentimento de gratidão. Aprendi muita coisa lá.”
“Reforçou muito as minhas convicções e o que penso sobre a vida, foi uma experiência muito positiva. Não importa o que os outros vão falar. O trabalho para mim foi muito intenso, trabalhei muito lá.”, destacou.