Home Futebol Especialista alerta Fluminense sobre ‘perigo’ nas finanças: “Vai falhar”

Especialista alerta Fluminense sobre ‘perigo’ nas finanças: “Vai falhar”

Gestor esportivo vê o Tricolor com mais poder do que o Boca Juniors, mas teme fracasso perante uma possível falta de resultados em campo

Luciano Ferreira
Jornalista formado pelo Instituto de Ciências Sociais e Comunicação (ICSC) da Universidade Paulista e com especialização em Jornalismo Esportivo em curso pela Faculdade Cásper Líbero. Sou apaixonado por futebol e amo escrever. Desde 2018 escrevo para blogs e sites, além de produzir conteúdo sobre esportes em geral para o Torcedores.com, onde ingressei em 2020 e passei a ter uma maior regularidade nas publicações em 2022. Experiência com cobertura de futebol e basquete para a Wecel Mídia.
CT do Fluminense

Muro do CT Carlos Castilho, do Fluminense. (Créditos: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Diretor da Sports Value, Amir Somoggi alertou o Fluminense que estaria alavancando o investimento em seu futebol com empréstimos a bancos.

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O especialista em Gestão Esportiva explica que o modelo de inversão do Tricolor das Laranjeiras não apresenta uma solidez orgânica e pode ser uma ‘armadilha’ se os resultados em campo não vierem e, consequentemente, culminaria na falta de entrada de bonificações para cobrir os gastos.

Amir Somoggi liga sinal de alerta para o Fluminense

Em entrevista a João Guilherme, no canal Fala, João, o especialista deixou aviso ao Tricolor das Laranjeiras sobre os riscos da estretégia financeira adotada. “O Fluminense tá indo muito bem, um clube que merece todos os elogios, até pelo título da Libertadores. Só pelo título da Libertadores já tem uma boa gestão. Quer dizer, resumidamente, na atual conjuntura seria muito difícil…”, iniciou.

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“Mas o Fluminense, fiz uma comparação Fluminense e Boca… O Boca não usa recursos de banco. Por quê? A situação da Argentina é péssima, o clube tem que viver daquele orçamento. O Fluminense tem dívida com empréstimos como todos os clubes”, prosseguiu.

“Então ele vai no banco, pega empréstimo, paga juros, e consegue ser campeão. Então o orçamento do futebol Fluminense, nem se compara o tamanho do Boca em torcida, é muito maior”, aponta Amir Somoggi.

“O Fluminense tem mais dinheiro para gastar, não porque ele tem mais orçamento, ele tem orçamento limitado, mas vai no banco e alavanca o departamento de futebol”, explicou.

No entanto, Amir enfatizou que essa manobra dos clubes demanda um risco muito grande de que a equipe se afunde em débitos, que podem ser escancarados se não tiver faturamento com resultados em campo.

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“Então esse mecânica, João, é o que o Fortaleza não fez. Em algum momento a máquina vai falhar”, alertou, após explicar que o time nordestino usa a mesma “cartilha do Flamengo“, mencionando o modelo de gestão dos cariocas iniciado na gestão do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Falta de títulos traz endividamento

Ao recorrer a bancos, os clubes necessariamente precisam ter resultados satisfatórios para cobrir os compromissos financeiros. No caso do Flu, vindo de uma conquista da Copa Libertadores, a temporada em branco pode resultar na queda de patrocínios e do programa sócio-torcedor.

“Então se você estiver muito exposto a banco, no momento em que seu time não for campeão e não ganhar mais R$ 30, 40 milhões em premiações, a bilheteria vai ser menor, cai o sócio-torcedor, tem toda uma soma de perdas, e você pode ter prejuízo”, alerta o especialista.

“O que é comum no ano seguinte de ser campeão, fechar mal das pernas”, acrescentou sobre o Fluminense.

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Usando o Flamengo como exemplo, em sua análise sobre a estratégia do Tricolor das Laranjeiras, Somoggi explicou que o Rubro-Negro aumentou seu investimento conforme aumentava sua lucratividade. Dessa forma, esse formato apresenta solidez e o clube não fica à beira de um endividamento.