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Futebol feminino mostra evolução nos valores de vendas de atletas

Receitas da modalidade tiveram um aumento de 917% nos últimos seis anos em todo mundo

Flavio Souza
Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo. Desde 2006 escrevo sobre esportes em geral, ingressando em dezembro de 2018 no site Torcedores.com, onde atualmente exerço função de Colaborador Sênior. Atualmente meu foco é no futebol brasileiro e internacional, mas procuro falar sobre outras modalidades, como esportes olímpicos, por exemplo. Meu foco é trazer informações relevantes sobre os clubes fora de campo, como entrevistas, análises financeiras, desempenho das equipes em redes sociais e análises táticas.
Tarciane, ex-jogadora do Corinthians

Tarciane, ex-jogadora do Corinthians (Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians)

Com cada vez mais espaço na mídia, o futebol feminino vem mostrando um cenário de crescimento em relação as receitas movimentadas. Em 2023, conforme dados da Fifa, a categoria gerou um total de US$ 6,1 milhões (cerca de R$ 31,46 milhões) em transferências de atletas.

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Esse fato ajuda a evidenciar a valorização da modalidade, principalmente ao comparar a evolução das cifras nos últimos anos. Em 2018, o valor com vendas de jogadoras foi de US$ 600 mil (R$ 3 milhões), aumentando para US$ 700 mil (R$ 3,6 milhões) em 2019.

No ano de 2020 o total chegou a US$ 1,2 milhão (R$ 6,19 milhões), seguindo o aumento em 2021 e 2022 para US$ 2 milhões (R$ 10,3 milhões) e US$ 3,3 milhões (R$ 17 milhões).

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Caminho para valorização da modalidade

Apesar do alto crescimento nos últimos anos, é importante ressaltar que as cifras do mercado da bola no futebol feminino seguem em um patamar abaixo do que existe no futebol masculino.

Conforme aponta o estudo da empresa Sports Value, o total de quase R$ 32 milhões em 2023 representa 0,06% do total de vendas de atletas de futebol no mundo todo na última temporada.

Porém o aumento ano após ano mostra que a tendência é de que essas cifras aumentem de forma considerável nos próximos anos.

Em 2024, por exemplo, tivemos o recorde de maior transferência da categoria batido duas vezes. Racheal Kundananji, da Zâmbia, saiu do Madrid CFF para o Bay FC por 805 mil euros (R$ 4,3 milhões). Antes dela, tivemos a venda da colombiana Mayra Ramirez, que deixou o Levante para assinar com o Chelsea por 500 mil euros (R$ 2,6 milhões).

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Já no Brasil, tivemos neste ano a venda de Tarciane do Corinthians, para o Houston Dash, na maior transferência de uma jogadora do futebol brasileiro, por R$ 2,59 milhões.

Somando apenas as três atletas, o valor total foi de R$ 9,49 milhões, 30% do total movimentado em 2023.